Sociedade

Porto contra os despejos

Chuva não afastou populares na manifestação

A plataforma “O Porto não se Vende” juntou várias dezenas de pessoas numa concentração, esta tarde, frente à Câmara do Porto, contra os despejos dos moradores do centro histórico da invicta.
“Habitação não é um negócio. É um direito”, gritava bem alto um dos moradores presentes.
Em causa está a “exploração” imobiliária no centro da cidade do Porto, causada pelo grande crescimento do turismo e o “assédio e pressão” para os moradores saírem daquela zona, nomeadamente em Miragaia, Vitória, Sé, São Nicolau e Santo Ildefonso.”O Porto não se vende” era uma das muitas palavras de ordem no protesto.
Segundo adianta o Observador citando a Agência Lusa, Gonçalo Gomes, da Plataforma Laboral e Popular, organização composta por trabalhadores que se “uniu a outros movimentos cívicos” para juntos combaterem os despejos na cidade, revelou que há “pressão e ‘bullying’ imobiliários”. “Os senhorios e as imobiliárias, com o apoio da Câmara do Porto, promovem estes despejos, este desterro do povo”, assegurou Gonçalo Gomes, referindo que a “incidência é na zona histórica da cidade e que essas pessoas são “empurradas e arrastadas para as periferias”.
Recorde-se que o Presidente da República foi confrontado recentemente com uma faixa de protesto contra os despejos, no Porto. Aos manifestantes, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que espera o diploma para a promulgação.

Tags
Show More

Related Articles

One Comment

  1. É uma vergonha. Nos últimos cinco anos, mais de 8.500 inquilinos foram despejados de casa. Só em Lisboa e no Porto estão concentrados 58% dos despejos. Revoltante.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Close