Teatro
SEVERA – O Musical considerado “o melhor espetáculo de sempre de Filipe La Féria”
O musical sobre a mítica fundadora daquela que é considerada a canção nacional, o fado, tem estreia agendada para março, em Lisboa. “Severa” foi a fadista que ficou na história como a primeira cantadeira de Fado e, enquanto protagonista da uma narrativa de amor e paixão com o Conde de Marialva, serviu de mote ao novo desafio do encenador português Filipe La Féria, que agora leva essa história ao palco do Politeama.
Mais emocionante que “Amália”, mais perfeito que “My Fair Lady”, mais poderoso que “Jesus Cristo Superstar”, mais espetacular que “West Side Story”, mais humano que “Um Violino no Telhado”, mais eterno que “Música no Coração”, mais português que “A Canção de Lisboa”, mais polémico que “A Gaiola das Loucas” SEVERA – O Musical é já considerado o melhor espetáculo de La Féria e um grande fenómeno, assegura o encenador.
Anabela, Filipa Cardoso, Dora e Carlos Quintas, nomes maiores de um cartaz em que os principais intérpretes de «Severa – O Musical» atuam ao lado de uma nova geração de fadistas que «revolucionou o género» em anos mais recentes. Os ensaios decorreram “durante cerca dois meses” e, além de um corpo de baile e uma orquestra, do elenco fazem ainda parte Filipa Cardoso, Fernando Gomes, Yola Dinis, Filipe de Albuquerque, Cristina Oliveira, João Frizza e Francisco Sobral, entre muitos outros.
“Sempre tive o desejo de fazer um grande musical sobre a Severa. É uma figura quase desconhecida, que viveu numa época histórica em que Portugal teve uma das mais violentas guerras civis: a luta entre os liberais e os absolutistas”, assume Filipe La Féria.
A história da fadista é, segundo o encenador, uma lenda que Júlio Dantas transformou no romance homónimo onde “descreveu os amores da Severa com o Conde Vimioso”, mas o mais interessante, para o diretor do novo musical do Politeama, é saber como nasceu o género musical que é um símbolo e um exclusivo de Portugal. “Do Brasil, trazido pelos escravos, veio o lundum e o chorinho, e depois, sob a influência ibérica, isso deu origem ao Fado”, revela La Féria. Foi assim que Severa, “a meretriz da Mouraria que se tornou famosa no seu tempo”, passou à história como a mãe do género musical que desde 2011 está classificado pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade.
O encenador defende que essa é uma “história maravilhosa e fantástica” e propõe-se agora contá-la aos portugueses num espetáculo “emocionante”. Está tão seguro da obra que tem em mãos que garante: “Aposto e arrisco tudo para este ser o grande espetáculo da minha vida”.
SEVERA – O Musical
De 4ª a Sábado às 21h30 e Sábado e Domingo às 17h00
Fotos: Ricardo Rodrigues