Passou de funcionário de talho para transformador de réplicas de viatura. Aos 29 anos, Ricardo Ferreira tem a vida que conquistou ao arriscar num novo mundo.
Depois de 11 anos a trabalhar na secção de talho de uma grande superfície, decidiu focar-se no seu gosto por miniaturas de carros.
Uma exposição da área, realizada no Centro Multimeios em Espinho, que visitou em 2019, levou a sua vida para um novo rumo. Ao tomar conhecimento da “Replicar”, unidade fabril que, a partir da zona industrial da capital da Costa Verde fabrica miniaturas de marca “Troféu” para o mundo.
Depois de um contacto, acabou por chegar à empresa em fevereiro deste ano. “Arrisquei”, refere, completando que trabalha na secção de pintura da unidade, tendo “um trabalho minucioso, de precisão”, que “muita paciência”.
Ricardo Ferreira nota que o fabrico das miniaturas implica um trajeto que vai do design aos acabamentos, e refere que apesar de estar mais concentrado na sua função específica de as alindar com cores e símbolos, também se vai inteirando do processo completo de fabrico.
Junta ao desempenho profissional o hóbi de, também nos tempos livres, lidar com miniaturas de carros. Não as constrói de raiz, antes tornou-se num especialista amador em transformação.
Trabalha sempre mais por prazer do que por dinheiro, até porque uma transformação de miniatura pode dar apenas uns seis euros.
Aos 29 anos e com umas quantas dezenas de “peças” por si criadas/transformadas, não esconde que alargar conhecimentos, designadamente na área do software e da produção 3D, para poder construir de raiz uma miniatura e lançar-se em negócio deste ramo, “é um sonho” que só o futuro dirá se exequível.
Além disso, entende que em Portugal as miniaturas têm vindo a conquistar adeptos.