Cultura

“O Ofício da Solitude” em exposição, em Santa Maria da Feira

Criações e obras dos dez artistas plásticos portugueses entrevistados no projeto documental “O Ofício da Solitude” podem, agora, ser vistas numa exposição coletiva na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, até 29 de outubro. Uma homenagem à descoberta, à liberdade e à libertação, que passou do suporte vídeo para telas, acrílicos, desenhos, pinturas e esculturas.

Para que universos nos remetem uma Babel desenhada a caneta sobre papel, um modelo de figura humana pintado a óleo sobre tela, uma paisagem com um muro desmoronado e um campo pintados a carvão vegetal e peregrinos esculpidos em madeira? É essa descoberta que pretende proporcionar a exposição temporária “O Ofício da Solitude”, patente na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, com o mesmo nome da série documental que, na primeira temporada, deu a conhecer, em dez episódios, as criações, a técnica, a filosofia de vida e o percurso de dez artistas plásticos contemporâneos portugueses.

Nesta exposição, podemos ver e “aceder fisicamente ao trabalho desses dez artistas”, explica o curador da exposição Fernando Augusto Rocha, que foi também o realizador da primeira temporada da série documental e que é igualmente um artista plástico de Santa Maria da Feira. E se, nos dez episódios da série (que podem ser vistos no Youtube, através da Aura Craft CR (ver aqui)  o cantor e vocalista dos GNR, Rui Reininho, conversava, num ambiente informal e de forma individual, com os dez artistas sobre o seu percurso artístico e o estado atual das artes plásticas em Portugal, agora, o público pode “ver e aceder fisicamente ao trabalho” desses criadores e “sentir essa Arte diretamente, frente a frente, com as criações dos artistas”, acrescenta Fernando Augusto Rocha.

Os dez artistas envolvidos na primeira temporada da série documental “O Ofício da Solitude” e presentes nesta exposição na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira “não obstante serem reconhecidos no meio artístico, são na realidade menos conhecidos do grande público”, afirma o curador. São eles: a arquiteta e desenhadora Ana Aragão, a artista de Artes Visuais Ana Maria Pintora, o pintor Daniel Africano, o pintor Fernando Gaspar, a artista plástica Filipa Godinho, o pintor Luís Fortunato Lima, o pintor Martinho Dias, o escultor Paulo Neves, a artista Susana Chasse e o escultor Zulmiro de Carvalho. O escultor Paulo Neves, um dos artistas presentes nesta mostra, sublinha a importância deste tipo de projetos, por ajudarem a “promover o trabalho dos artistas” e por darem a conhecer “linguagens, tendências estéticas, sensibilidades artísticas e seres humanos extraordinários”.

O projeto “O Ofício da Solitude” foi apoiado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira através da Medida 1.1 – Criação Local do PAC – Programa de Apoio à Cultura, um programa que se enquadra nos três princípios fundamentais da política cultural municipal de expandir o acesso, fomentar oportunidades e criar conexões, potenciando o desenvolvimento integral humano. De acordo com o Vereador do Pelouro da Cultura, Gil Ferreira, o projeto evidencia “uma inequívoca qualidade técnica e artística”, é um exercício de enriquecimento cultural e “uma homenagem à liberdade e libertação, ao reencontro e à redescoberta do universo de cada um de nós”.

A exposição “O Ofício da Solitude” pode ser vista até dia 29 de outubro.

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