Cultura

“Casa dos Pais” estreia no Rivoli e o ciclo Palcos Instáveis regressa ao Campo Alegre

Dias 29 e 30 de setembro, o Teatro Municipal do Porto está de portas abertas para apresentar a estreia de “Casa dos Pais” de António Parra e Luís Araújo, da estrutura portuense A Turma, no Grande Auditório do Rivoli; e mais uma edição do ciclo Palcos Instáveis, com “Trans*Performatividade” de AURA e “Desencontro” de Isabela Tescarollo & Uatumã Fattori de Azevedo, no Teatro Campo Alegre.

Às 19h30, no Rivoli, “Casa dos Pais” coloca em diálogo as linguagens do teatro e do cinema. É uma reflexão sobre o que o teatro mostra e o cinema esconde, e qual a sua relação quando coexistem. “Ao criarmos a mesma ficção em simultâneo, fazendo uso de dois veículos tão distintos, estamos a expor as fragilidades de ambos ou a criar uma nova linguagem aos olhos de quem vê”, explicam os cocriadores, António Parra e Luís Araújo.

Com vídeo realizado por Tiago Guedes e interpretação de Albano Jerónimo, Luís Araújo e Carla Maciel, “Casa dos Pais” conta a história de dois irmãos que regressam a casa dos pais e conta o conflito familiar que daí surge. Para António Parra e Luís Araújo, mais importante do que a história é a forma como é contada, alternando entre dispositivos e tempos: o que é apresentado em vídeo e o que é apresentado em palco. Desta forma, este trabalho traz o processo de pós-produção de um vídeo para o tempo real do teatro.

No âmbito do ciclo Palcos Instáveis, em parceria com Instável – Centro Coreográfico, o palco do Café-Teatro do Campo Alegre recebe, dia 29 às 19h30, e dia 30 às 17h00, “Trans*Performatividade” de AURA, um projeto que consiste na transposição de vivências trans para práticas contemporâneas que fundem a partilha de histórias-testemunhos através de meios audiovisuais e a criação de uma performance coletiva.

Às 21h00 de dia 29, e às 18h30 de dia 30, estreia “Desencontro” de Isabela Tescarollo & Uatumã Fattori de Azevedo, na Sala Estúdio. Uma peça que “evoca a discordância e os caminhos onde me perdi. Uma relação entre tempo e espaço e um abismo entre… a minha mão direita e a esquerda”, explicam os criadores brasileiros.

Criado em 2012, o ciclo Palcos Instáveis incentiva o trabalho de criadores emergentes da cidade do Porto e do Norte do país, facilitando residências artísticas de criação, a produção, a comunicação e apresentação de novas obras, possibilitando o cruzamento de experiências artísticas e oferecendo à cidade o contacto com linguagens coreográficas emergentes.

Foto: José Caldeira

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