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Pessoas com Deficiência organizam Marchas e Concentrações em todo o país dia 5 de maio
Assinala-se a 5 de maio o Dia Europeu da Vida Independente, com concentrações e marchas em Vila Real, Braga, Guimarães, Porto, Coimbra, Lisboa, Faro e Açores (São Miguel).
Na data em que se celebra a deficiência como expressão da diversidade humana e o orgulho pela comunidade, reivindicam-se também, e principalmente, os direitos ainda por garantir. Este ano, o Coletivo VIM — Vida Independente em Marcha, que integra cerca de 250 pessoas com deficiência, organiza marchas e concentrações a acontecer pelo país fora. Conta ainda com o apoio de coletivos e organizações de diversos movimentos sociais, que se uniram com o objetivo comum de luta por direitos humanos, tais como: SOS Racismo, ILGA Portugal, Rede 8M, Plataforma Feminista, rede ex aequo, entre outros.
“Acreditamos profundamente que a união e o apoio entre movimentos sociais é fundamental para alcançar uma sociedade digna, livre e autodeterminada.”, defende o coletivo.
Dinamizada pela primeira vez em Portugal em 2018, a Marcha pela Vida Independente leva as pessoas com deficiência a tornar visível a sua realidade, os seus corpos e a sua luta. Nesta 7.ª edição, as concentrações iniciam-se à mesma hora – 15h30 –, à exceção dos Açores – 10horas.
Vila Real — Av. 5 de Outubro (junto à estação)
Braga — Arco da Porta Nova
Guimarães — Largo do Toural
Porto — Câmara Municipal do Porto
Coimbra — Praça 8 de Maio (concentração)
Lisboa — Teatro Tivoli (Av. da Liberdade)
Faro — Escola Secundária João de Deus
São Miguel (Açores) — Portas da Cidade (concentração | 10h)
“A atual situação política é preocupante porque não há sinais claros de se inverter o paradigma assistencialista no sentido da desinstitucionalização e de uma aposta clara na vida independente.”, explica em nota de imprensa a organização. Esta é uma das principais reivindicações do Coletivo VIM — Vida Independente em Marcha.
O fim de medidas assistencialistas e institucionalizadoras justificadas pela alegada insuficiência orçamental e falta de alternativas do Estado Português, é uma das reivindicações presentes no manifesto do coletivo.
“A luta por direitos humanos diz respeito a todas as pessoas, independentemente das suas características individuais (…). Somos muitas e muitos, diferentes e com orgulho, e queremos mostrar isso mesmo. A interseccionalidade nunca fez tanto sentido como agora!”, pode ler-se no manifesto.
Foto: DR