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Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis com muita animação e gastronomia
A 25.ª edição do Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis, assumido pela autarquia como “o maior evento cultural do município”, está de regresso este fim-de-semana ao centro histórico da cidade. É uma verdadeira viagem no tempo, com entrada livre, que recria os usos e costumes do final do século XIX.
São 81 tasquinhas tradicionais, de produtos hortícolas e de artes e ofícios, são artesãos a trabalhar ao vivo, ferramentas, trajes antigos, jogos tradicionais, oficinas infantis, animação musical, teatro de rua, muitos doces e boa gastronomia. Estas atrações, com entrada livre, integram o Mercado à Moda Antiga que, este sábado e domingo, animam Oliveira de Azeméis. Elementos das 19 freguesias do concelho recriam os usos e costumes do final do século XIX, num evento que, de acordo com o Presidente da autarquia, Joaquim Jorge, “preserva a memória e identidade rural que existia na época em Oliveira de Azeméis”, apesar de hoje o concelho ser, hoje, “fortemente industrializado”.
A novidade da edição deste ano é o desfile de traje, que já acontecia em 1997, pelo Grupo Folclórico de Cidacos, e que é retomado este sábado, às 11h, com início na Igreja Matriz e com a presença de associações participantes trajadas a rigor.
Durante todo o fim de semana, há também um carrossel artesanal infantil, junto ao Teatro Municipal de Oliveira de Azeméis, oficinas infantis, instaladas na Praça José da Costa, e uma quintinha com animais, num espaço reservado junto à tenda do Núcleo de Atletismo de Cucujães. As estátuas vivas poderão ser observadas nas ruas António Alegria e Dr. Bento Carqueja, havendo, ainda, muita música e animação itinerante e atuações de grupos de danças e cantares, folclore e espetáculo de acordeão.
O programa, para o público viver e sentir, sejam crianças, sejam adultos conta com a “colaboração e participação essencial e preciosa das associações e coletividades do concelho”, diz o autarca oliveirense. Para o efeito, o espaço foi ligeiramente alargado, embora mantenha os quatro hectares, “de forma a formar um anel interior no recinto, dando espaço para mais associações participarem, para animação e para uma melhor circulação das pessoas”, adianta Joaquim Jorge à Agência de Informação Norte.
O Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis é um projeto cultural nascido em 1997, por iniciativa do Grupo Recreativo, Associativo e Cultural de Cidacos, uma coletividade fundada em 1972. Desde a primeira edição, contou com a parceria da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis que, em 2014, assumiu em pleno a sua organização, em parceria com a Federação das Associações do Município de Oliveira de Azeméis (FAMOA).
Nélson Costa, um dos mentores deste Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis lembra “o tempo em que que dois jovens, cheios de sonhos, arriscaram, há 27 anos, a organização deste evento que cresceu e perdura”. E explica que o fizeram, justamente, por terem sentido “a necessidade de organizar um grande evento que conseguisse juntar, na sede do concelho, as freguesias em torno dos usos e costumes tradicionais”. Este fundador do Mercado à Moda Antiga não tem dúvidas sobre o que o concelho ganhou com o evento: “cativámos a população local, mas também pessoas vindas de toda a região, incrementámos o associativismo, envolvemos o comércio local, incentivámos o voluntariado”, contextualiza à Agência de Informação Norte.
O certame, orçado em cerca de 65 mil euros, deverá atrair, este ano, de acordo com a estimativa do Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, “mais de 60 mil visitantes diários”. O edil oliveirense ambiciona, no entanto, dar escala ao Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis e anseia, “no futuro, catapultar o evento, tornando-o numa referência não só nacional como internacional”. Nesse sentido, a autarquia tem por “objetivo incluir atuações de grupos internacionais igualmente representativas e fidedignas do século XIX”, nas próximas edições.