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“Noites dos Jardins do Palácio” conquistam o Porto

No segundo e último dia do festival “Noites dos Jardins do Palácio”, nomes como Diogo Piçarra, Marisa Liz e Luís Trigacheiro subiram ao palco dos Jardins do Palácio de Cristal, perante uma plateia entusiástica, consolidando o sucesso de uma iniciativa que promete regressar.

O segundo e último dia do festival “Noites dos Jardins do Palácio” voltou a compor, este domingo, o recinto dos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto. Diogo Piçarra, Marisa Liz e Luís Trigacheiro foram os nomes deste domingo, que consolidou este novo evento como uma proposta cultural com forte adesão do público.

Neste segundo dia, tal como no primeiro  – que recebeu cerca de cinco mil pessoas -, o ambiente no espaço foi de entusiasmo, confirmando o sucesso de uma iniciativa que alia música, arte e gastronomia, num dos cenários mais emblemáticos da cidade.

Às 18h30, Luís Trigacheiro subiu ao palco perante uma multidão que aguardava a sua atuação com expectativa. O cantor alentejano agarrou de imediato o público e, ao fim da terceira canção, já tinha conquistado a plateia. No alinhamento, não faltaram alguns dos temas que marcaram a sua carreira, como “Arritmia”, “Hoje Sou Eu” ou “Tu na Tua”. Houve ainda espaço para uma homenagem às raízes alentejanas, com a interpretação de “Menina estás à janela”, de Vitorino.

“Valeu bem a viagem desde Santo Tirso. É bom ver artistas como o Trigacheiro num palco tão bonito como este. As letras das suas canções fazem-nos pensar e refletir”, refere Paula Ferreira, de 54 anos.

Seguiu-se a atuação de Marisa Liz, que iniciou o concerto com “Olha Lá”, faixa que integra o seu primeiro álbum a solo, “Gerações e Tempestades”, editado em março de 2023. Depois vieram “A Noite” e “Azar o Teu”. A cantora rapidamente agarrou o público e garantiu tratar-se de uma noite “sem regras”, apelando à diversão coletiva. A declaração antecedeu o tema “Mudar a Canção”, canção que se afirmou como um hino à liberdade, aos direitos humanos e à igualdade. Com uma mensagem centrada na ideia de que “amar é poder”, Marisa Liz fechou este momento inicial da atuação com um registo de forte dimensão simbólica. “A envolvência foi total. A Marisa criou uma atmosfera mágica”, comentou Ana Cardoso, residente no Porto, enquanto acompanhava as letras das canções.

O encerramento da noite coube a Diogo Piçarra, que ofereceu uma atuação energética e tecnicamente rigorosa, perante uma plateia intergeracional que acompanhou o alinhamento de forma entusiástica. O cantor abriu a noite com “Não te Odeio”; seguiram-se os temas “Teu” e “Dialeto”. A noite terminou com o tema “Sorriso”.

Nádia Albino, de Gaia, e Sara Oliveira, de Guimarães, conheceram-se este domingo, na entrada do portão do Palácio de Cristal. Queriam ser as primeiras a entrar no recinto. “Ele é muito humilde, as letras fazem muito sentido e tem sempre um carinho especial para com os seus admiradores”, refere a jovem de Gaia. “Saída de Emergência” é, para Sara, a canção preferida. “A letra é maravilhosa e reflete muito aquilo que ele é enquanto cantor”.

De acordo com vários festivaleiros ouvidos pela Agência de Informação Norte, esta foi uma “aposta ganha” da organização, tanto pela escolha do cartaz como pela valorização do espaço urbano e histórico. O evento distinguiu-se ainda pela presença de propostas gastronómicas diversificadas e instalações artísticas, reforçando o caráter multidisciplinar do festival.

Com um formato pensado para ser experiencial e envolvente, o “Noites dos Jardins do Palácio” posiciona-se como um novo momento de referência no calendário cultural da cidade do Porto. A organização não avançou ainda com datas para uma eventual segunda edição, mas a adesão do público deixou poucos sinais de dúvida: o futuro do festival parece estar assegurado.

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