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Porto decreta luto municipal e país prepara-se para dia de luto nacional por Francisco Pinto Balsemão

O presidente cessante da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, lamentou a morte do empresário e antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, a quem chamou “o verdadeiro senador da democracia portuguesa”. O autarca decretou luto municipal para esta quarta-feira, data em que o Governo deverá também aprovar um dia de luto nacional.

Francisco Pinto Balsemão morreu esta terça-feira, aos 88 anos, em Lisboa, de causas naturais. Fundador do PSD e do grupo Impresa, marcou a vida política e mediática do país nas últimas seis décadas. Chefiou o Governo entre 1981 e 1983, após o desastre de Camarate, e fundou o semanário Expresso e, mais tarde, a SIC, o primeiro canal privado de televisão em Portugal. Governo vai decretar luto no funeral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que o país perde “uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos”, destacando o papel de Balsemão “na afirmação da liberdade de expressão e de imprensa” e a sua influência na consolidação da democracia. “Portugal nunca o esquecerá”, afirmou.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, descreveu-o como “um democrata e um dos fundadores da nossa democracia”, lembrando que foi “sempre muito presente, até ao fim”. O chefe do Governo revelou que esta quarta-feira, em Conselho de Ministros, será discutida a aprovação de um dia de luto nacional, a coincidir com as cerimónias fúnebres do antigo governante.

Francisco Pinto Balsemão, militante número um do PSD e membro do Conselho de Estado, licenciou-se em Direito e iniciou o percurso profissional no jornalismo, no Diário Popular. Em 2023, afirmava sentir “orgulho” em continuar a considerar-se jornalista, mantendo até ao fim uma ligação próxima à imprensa e à vida pública portuguesa.

Foto: DR

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