Com pouco mais de sete anos de carreira, já pisou o palco de várias salas emblemáticas, como os Coliseus do Porto e Lisboa, a Aula Magna e a Sala Tejo, do Pavilhão Atlântico. Ao todo, gravou sete discos de platina e mais de 300 concertos ao vivo, um pouco por toda a Europa.
O início da Tour 2014 aconteceu ontem, 26 de Abril, um concerto que teve por base o seu mais recente álbum de originais intitulado “Para Sempre”, um álbum que muito mais que um conjunto de canções, é uma declaração de intenções e uma afirmação de quem para a música nasceu, e com a música partilha com todos os que apoiam a sua paixão, as palavras e as emoções num concerto verdadeiramente imperdível.
A Tour 2014, levará Leandro um pouco por todo o país, mas irá igualmente partilhar as suas canções com as comunidades lusas espalhadas um pouco por todo o mundo.
“Voltar a pisar o palco do Coliseu do Porto é importante para qualquer artista”. Esta é a garantia de Leandro que dia 26 regressa ao Coliseu do Porto para o início da Tour 2014. Na opinião do artista que se assume cem por cento romântico tudo o faz regressar ao Porto principalmente quando são palcos emblemáticos e “somos acarinhados pelo público”. Quanto ao espetáculo apresentou novas músicas, uma nova imagem, convidados sempre muito aplaudido.
Segundo o cantor esta Tour 2014 é uma mistura de todos estes anos de trabalho. “são essencial mete os êxitos que tive ao longo destes anos” e se existe algum segredo: “é o romantismo das canções e a minha forma de cantar”.
Numa conversa, sem pressas nem reservas, Leandro não escondeu a paixão que tem pelo Porto e garante que é aqui que quer acabar os seus dias, pois há muito que sente a ternura e o carinho das pessoas da cidade, “que ao longo de vários anos se têm vindo a revelar uns grandes românticos”, gente “que me trata muito bem”.
Leandro descreve-se como um jovem que, apesar de ter nascido numa família simples (seis irmãos) e com poucos recursos, sempre “vivemos razoavelmente”, até ter perdido os dois pilares muito importantes da família (avó e a mãe) e, por isso, “tornei-me adulto muito cedo, pois aos 15 anos já trabalhava”.
Começou a cantar fado quando tinha apenas 12 anos. “Acho que o gosto surgiu pela mão da minha avó, que era fadista amadora e que, de alguma forma, viu em mim um potencial para fazer aquilo que, na verdade, ela queria ter sido”.
Em 1994, participa na Grande Noite do Fado e sai vencedor. Mas, rapidamente, se apercebeu que aquele não era o estilo que queria, mas “um género musical mais pop, romântico”, e participa no programa televisivo Ídolos e ficou “classificado entre os 24 finalistas”.
Apesar de muitas adversidades que encontrou no mundo da música, lembra que nunca baixou os braços e, apesar das muitas dificuldades, “lutei para ir à televisão cantar um tema da minha autoria” e, desde essa altura, tudo mudou na sua vida.
“Foi muito difícil chegar até ao artista que sou hoje. Tive de lutar e chorar muito, ter muita força, ouvir coisas desagradáveis, ao ponto de me sentir um verdadeiro inútil”, entendendo ainda que por ser jovem as pessoas “não me levavam a sério”.
Com cerca de sete anos de carreira, garante que a vida e as experiências são fontes de inspiração e isso é o segredo para continuar a arrastar multidões nos seus espetáculos.