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Rádio Festival põe Coliseu todo a dançar

Mais um ano, mais um sucesso. A comemoração do 38.º aniversário da Rádio Festival, juntou, durante toda a tarde deste domingo, milhares de pessoas no Coliseu do Porto. Novos e velhos, de braços no ar, acompanharam os ritmos do palco, numa união perfeita em torno da música portuguesa.

Quatro horas de muita animação preenchidas por 21 artistas e bandas que participaram, na celebração do 38.º aniversário da Rádio Festival (94.8 fm), que decorreu esta tarde no Coliseu do Porto, a mais emblemática sala de espetáculos da invicta.

Da lista de estrelas para o grande espetáculo contavam nomes como Ana Malhoa, Zé Amaro, José Malhoa, Diapasão, Bandalusa, Rui Bandeira, Augusto Canário e Amigos, Sons do Minho, D.N.A., Adriana Lua e José Alberto Reis. O duo Ofir e o cantor Xavier, dois projetos da região norte, marcaram presença pela primeira vez neste evento anual.

Vim cá pelo Zé Amaro, é um dos meus cantores preferidos, conheço todas as suas canções”, confessava Ana Guedes, que mostrava orgulhosamente a sua t-shirts com o rosto do cantor estampado. Ao lado, José Lima sorria a apreciar a alegria da esposa. “Venho sempre porque ela gosta muito de música portuguesa e dos locutores”, frisava, enquanto apontava a câmara do telemóvel para fotografar Adriana Lua, que se encontrava em palco e arrecadou dos ouvintes um banho de palmas.

De olhos postos no palco encontrava-se Armando Pires, de Matosinhos. “Gosto muito deste encontro de música portuguesa. Sou um fã desta rádio há muitos anos. Foram a minha companhia durante a pandemia”, revelava este vigilante de 56 anos.

Por ali também encontrámos quem experimentava a festa pela primeira vez. “Venho com a minha madrinha para ver os artistas. Gosto muito da Ana Malhoa”, dava conta o jovem André Maia de apenas 16 anos.

Rosa Castro, apesar de considerar que não é propriamente uma ouvinte assídua da rádio, veio acompanhar duas amigas. “Vim para dançar e para me divertir”, e a “festa” começou cedo para este grupo de amigas que vieram de Marco de Canaveses. “Viemos de comboio logo pela manhã, a francesinha já cá canta” e a dança “vai ajudar a perder as calorias”.

Este encontro é dos ouvintes e dos artistas. “Sinto-me muito bem e em família, são pessoas de quem gosto muito e que trazem memórias muito boas”, enfatizou Ana Malhoa. Por seu turno, José Malhoa acentuou o “público excecional” e a oportunidade dos artistas “poderem divulgar, tanto no palco como na rádio, os seus êxitos”, reconhecendo que a Rádio Festival tem sabido fazer isso muito bem desde sempre. Zé Amaro, um dos artistas mais aguardados da tarde, também reconheceu o “grande papel” que a Festival tem dedicado “desde sempre aos artistas e a toda a música portuguesa”. Rui Bandeira, um nome também muito esperado esta tarde, frisou que a Rádio Festival “não é só uma rádio, mas um grupo de amigos que me conhecem há mais de 25 anos. São 38 anos de história de uma rádio de grande audiência”. O aniversário da estação também serviu para cantar os parabéns ao Canário que também subiu ao palco do Coliseu.

Chegar até aqui deve-se à muita persistência

Nos bastidores, organizadores e artistas num frenesim para que tudo corresse pelo melhor. “Chegar até aqui deve-se à muita persistência e cientes do que queremos, uma rádio de companhia, que se identifique com a região e com as pessoas, além de continuar a apostar na música portuguesa. Desde sempre esse foi o nosso lema e assim mantemos”, refere o coordenador da estação, Alberto Rocha, salientando, contudo, que “ao longo dos anos tivemos muitas mudanças, quer na música portuguesa, na forma como o público encara os artistas, nos locais que se transformaram, quer mesmo no modo como a música é divulgada hoje em dia, exemplo dos programas de fim de semana, que despejam música e artistas nas televisões”.

Os encontros, onde os ouvintes festejam com os locutores, são o momento em que a rádio percebe a importância do trabalho que desempenha diariamente e o carinho que recebem de quem ouve. “O público tem sempre curiosidade de rever ou conhecer os seus ídolos e damos essa possibilidade num único espetáculo”.

Com estúdios na Rua da Alegria, no edifício da Cooperativa dos Pedreiros, onde diariamente uma equipa de profissionais chega a milhares de ouvintes naquela que é conhecida como a “Rádio do Grande Porto”.

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