Festival C.A. Vilar de Mouros: edição de 2025 volta a ter 3 dias e será de 21 a 23 de agosto

Cumprida a edição deste ano do mais antigo festival da Península Ibérica e ultrapassados os desafios de última hora impostos pelo cancelamento dos cabeças de cartaz dos norte-americanos Queens of the Stone Age (que cancelaram todos os concertos de 2024, devido a doença do vocalista Josh Homme), é “positivo o balanço” feito pela organização do Festival de Vilar de Mouros.

Os organizadores consideram que esta foi “mais uma edição memorável”, durante a qual “55 mil pessoas passaram pelo recinto, ao longo de quatro dias”. A organização sublinha também que “o dia totalmente dedicado à música portuguesa e gratuito”, que marcou o arranque da edição deste ano, teve a presença de “cerca de vinte mil pessoas”. O cartaz deste ano primou, aliás, por atuações de nomes nacionais. Além dos Delfins, Amália Hoje, GNR e The Legendary Tigerman, que subiram ao palco na primeira noite, os Xutos e Pontapés e os Moonspell fizeram as honras da casa, na segunda noite, Ornatos Violeta e Capitão Fausto animaram a penúltima noite e David Fonseca subiu ao palco na última.

Além dos artistas nacionais, este ano, atuaram também os The Cult, The Darkness, The Libertines, The Waterboys, Die Antwoord, Soufly, Crystal Fighters e Vapors of Morphine, entre outros.

Em 2025, o Festival C.A. Vilar de Mouros decorrerá a 21, 22 e 23 de agosto, voltando ao formato de três dias. Na conferência de imprensa de balanço da edição de 2024, Paulo Ventura, um dos responsáveis da organização, avançou que já há alguns nomes em equação, para o próximo ano.

A organização pretende que este continue a ser “mais do que um festival de música”, com “um público fiel de várias gerações, que regressam, ao após ano, e vibra com o ambiente único desta pequena aldeia no Minho, transformada numa referência ibérica”. Para manter esse legado, a aposta continuará a ser num cartaz “ecleticamente ímpar, onde a música, os artistas e a história que trazem consigo são o combustível do festival”. Nesse sentido, a Câmara Municipal de Caminha e a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros mantêm “o compromisso com a continuidade do festival” e o Crédito Agrícola continuará a ser o naming sponsor do evento”.

Existente desde 1971, o Festival de Vilar de Mouros é o mais antigo festival de música em Portugal. Não se realizou, no entanto, entre 2026 e 2014, nem durante a pandemia de Covid 19, entre 2020 e 2021.

Foto: António Parra