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CINANIMA 2024: 48ª edição celebra a Liberdade e a excelência do cinema de animação em Espinho
O CINANIMA - Festival Internacional de Cinema de Animação - regressa à cidade de Espinho para a sua 48ª edição, que decorrerá entre 8 e 17 de novembro.
Com um papel consolidado como um dos maiores festivais de animação, tanto no contexto nacional como internacional, o CINANIMA celebra este ano a Liberdade como tema central, unindo toda a sua programação sob essa bandeira de reflexão e criação, e cresce em número de dias – passando dos tradicionais sete, para dez.
Competição e exibições do talento – A competição do CINANIMA, que é uma das mais prestigiadas no setor, irá contar com um leque diversificado de categorias. Entre as competições internacionais, incluem-se curtas, longas-metragens e obras estudantis, totalizando 81 filmes. A competição nacional apresenta 32 filmes, incluindo jovens talentos e novas vozes da animação portuguesa. A seleção reflete o contínuo compromisso do CINANIMA em dar palco aos melhores criadores e produções do cinema de animação contemporâneo, reafirmando a sua posição de destaque.
Quatro obras portuguesas na luta pelo Grande Prémio – Na competição internacional de curtas-metragens do CINANIMA 2024, Portugal marca presença com quatro obras que exploram temas variados e profundamente expressivos. “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, “T-ZERO”, de Vicente Nirõ, “Citizen Tourist”, de Gustavo Carreiro, e “Amanhã Não Dão Chuva”, de Maria Trigo Teixeira, são os filmes que representam a criatividade nacional, na competição de curtas-metragens. Cada curta-metragem traz uma visão singular sobre a condição humana e a identidade cultural, refletindo a riqueza e o dinamismo do panorama da animação portuguesa.
Liberdade: um tema transversal – A programação de 2024 foi cuidadosamente estruturada para explorar a liberdade em múltiplas vertentes, seja através da narrativa, da técnica ou das interpretações visuais dos artistas. As sessões não competitivas, que incluem retrospetivas e programas temáticos, mergulham nas nuances desse conceito. Relativamente às sessões de retrospetivas, serão: ‘Stories of Freedom’, onde a ASIFA China fez a curadoria dos filmes dos arquivos do Festival Internacional de Animação de Xiamen; ‘Freedom, the Ultimate seek’, um programa histórico da curadoria de Olivier Cotte; “Expressão de Liberdade”, um programa da curadoria da ARA – Associação Realizadores de Animação (Portugal) e ‘Films about the loss of freedom, and the hope to overcome the traumas of the past’, um programa de três filmes da curadoria de Thomas Renoldner, membro da ASIFA Internacional.
Fora da temática da liberdade, o CINANIMA vai ainda dar voz aos membros de cada júri, com a exibição de dois programas realizados pelos mesmos e haverá ainda um programa que conta com a curadoria da ASIFA Student Award e a sessão de Premiados de 2023 do CINANIMA.
Temos ainda escolas europeias convidadas, com uma mostra de trabalhos de alunos de cada escola, sendo estas: Escola Tomas Bata University in Zlín, Faculty of Multimedia Communications, República Checa e Universidad Politécnica de Valencia, Faculty of Fine Arts, Valencia, Spain.
Uma programação para todos – O CINANIMA oferece programação diversificada, com sessões especiais para crianças, famílias e jovens, além de longas-metragens exclusivas. Irão existir sete sessões família, para o público infantil e juvenil, que contam com seis sessões de curtas-metragens e uma longa-metragem – “Abah e a sua banda”, de Humberto Avelar (Brasil). Entre os destaques estão também as sessões especiais “The Boy and the Heron”, do aclamado realizador Hayao Miyazaki, distinguido com o Óscar para melhor longa-metragem de animação, e “The Peasants”, de DK Welchman e Hugh Welchman, realizadores do filme “Loving Vincent”. Para além destas sessões, acresce-se as oficinas de animação e o debate sobre Inteligência Artificial, que explora o futuro e as implicações desta tecnologia no processo criativo da animação.
Eventos e atividades paralelas – Complementando a programação, o festival promove masterclasses com figuras como Joanna Quinn e Les Mills, Marta Pajek, Nik Phelps, Filipa Costa Gaspar, Coke Riobóo, Eliane Gordeeff, Bruno Caetano, Piet Kroon e Deanna Morse, além de apresentações de livros de Nancy Phelps, Olivier Cotte e Augusto Baptista, este último sobre Manuel Matos Barbosa, coordenador da programação do CINANIMA. O simpósio “Olhares sobre a Animação Portuguesa” desta edição incidirá sobre o trabalho da realizadora Regina Pessoa, uma das maiores referências da animação de autor em Portugal. Oficinas e formações para professores fazem ainda parte desta edição.
Teremos ainda três exposições, sendo elas: “ANILUPA – A Arte e o Cinema na Escola”, na Piscina Solário Atlântico, “E se um dia a Liberdade…”, no Centro Multimeios de Espinho e “Manuel Matos Barbosa, o desafio de realizar” na Biblioteca José Marmelo e Silva.
Engajamento com o público e novos territórios – Com iniciativas como “CINANIMA vai às Escolas” e “Escolas vêm ao CINANIMA”, o festival leva o cinema de animação a alunos de Espinho, ampliando-se a cidades vizinhas como Ovar, S. João da Madeira e Paços de Brandão, para além de todo o território nacional e CPLP. Estas atividades educativas reforçam o compromisso do festival com a formação e o acesso à cultura para as novas gerações.