Sociedade

Arouca viaja no tempo de 19 a 21 de julho

De 19 a 21 de julho, Arouca viaja até ao tempo em que as monjas habitavam o convento, com a Recriação Histórica, que integra o evento “Arouca. História de um Mosteiro”. Por estes dias, as freiras voltam a respeitar os seus tempos de oração no cadeiral, regem a sua vida na sala do capítulo, dedicam-se às artes e aos cuidados médicos.
A vila fervilha e veste-se a rigor para a festa da Beatificação de Dona Mafalda e estão presentes as personalidades mais importantes do reino. Revivem-se episódios das lutas liberais, com destaque para a prisão de Frei Simão de Vasconcelos, o frade guerrilheiro, e também momentos da vida religiosa, como o rito de entrega a Deus e à vida em clausura a que chamavam tonsura e que obrigava ao corte dos cabelos.
Também por estes dias se recorda o grande incêndio que lavrou no Mosteiro. As monjas, consumidas por aflição, clamam por Dona Mafalda para que venha em seu socorro.
Cá fora, sem sair da sombra do seu Mosteiro, o povo canta e dança enquanto descansa do labor dos seus ofícios. Burgueses e camponeses cruzam-se nas estreitas ruas de Arouca. Os artesãos misturam-se com os vendedores de produtos frescos e de bom gosto no Mercado Oitocentista. E os querem aquietar a fome, encontram nas tabernas um alívio para o estômago.
A animação incessante e ruidosa entoa por entre bombos, saltimbancos e músicos. Porém, a alegria e ambiente de festa são abalados por doenças desconhecidas para as quais os entendidos dos males do corpo e da mente tentam encontrar a cura.

Foto: DR

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