Economia

Corticeira Amorim: Vendas crescem 24%, ultrapassando 790 milhões de euros

Nos primeiros nove meses de 2022, as vendas da Corticeira Amorim atingiram 790,3 milhões de euros (M€), uma subida de 24,0% face ao período homólogo do ano anterior. A consolidação, desde 1 de janeiro, da atividade das empresas do Grupo SACI (SACI) teve um impacto significativo nas vendas consolidadas – excluindo este efeito, as vendas aumentaram 10.3%.
Todas as Unidades de Negócio (UN) registaram crescimentos de vendas, refletindo essencialmente a melhoria do mix de produto, a subida de preços e maiores níveis de atividade, ainda que os sinais de abrandamento sejam notórios face à evolução no primeiro semestre do ano. As vendas beneficiaram também de um impacto cambial positivo – excluindo esse efeito, as vendas teriam subido 21,9% nos primeiros nove meses de 2022.
O EBITDA consolidado atingiu 131,2 M€, um crescimento de 18,9% face aos primeiros nove meses de 2021. O aumento do preço de eletricidade, de algumas matérias-primas não cortiça, bem como dos custos com pessoal, continuaram a pressionar os resultados operacionais, agravados neste trimestre por uma menor alavancagem operacional face aos dois trimestres anteriores. O rácio EBITDA/Vendas cifrou-se em 16,6% (9M21: 17,3%).
Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou os primeiros nove meses de 2022 com um resultado líquido de 64,2 M€, um aumento de 10,6% face ao período homólogo.
No final de setembro, a dívida remunerada líquida totalizava 114 M€, um aumento de 65 M€ face ao final do ano de 2021. Este valor reflete as aquisições realizadas no período, nomeadamente a participação de 50% na SACI (49 M€), a participação de 50% na Cold River’s Homestead, detentora de uma parte da chamada Herdade do Rio Frio (15 M€) e o terreno de uma outra parte da Herdade do Rio Frio (22 M€). Inclui ainda o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (45 M€), o aumento do investimento em ativo fixo (52 M€) e o pagamento de dividendos (27 M€).

 Desempenho por Unidade de Negócio

As vendas da UN Rolhas ascenderam a 584,2 M€ (+28,2% face ao período homólogo), contribuindo para 73% das vendas consolidadas da Corticeira Amorim. Para além das alterações do perímetro de consolidação, o crescimento das vendas foi sobretudo impulsionado pela subida de preços e melhoria do mix produto. Os resultados operacionais foram, no entanto, impactados negativamente pelo aumento do preço da eletricidade e dos custos com pessoal. O EBITDA totalizou 102,1 M€ (+21,2% face ao período homólogo) e o rácio EBITDA/Vendas cifrou-se em 17,5%. As vendas e o EBITDA das UN Matérias-Primas e Rolhas totalizaram 593,7 M€ (+28,4%) e 117,6 M€ (+20,4%), com um rácio EBITDA/Vendas de 19,8%.
As vendas da UN Revestimentos atingiram 106,0 M€ (+14,2% face ao período homólogo), com importantes contributos das vendas de produtos de trade, da linha de produtos Amorim WISE e dos produtos lançados recentemente. Os países escandinavos e Portugal registaram evoluções positivas, enquanto a Alemanha (o seu principal mercado) evidenciou sinais de forte abrandamento desde o mês de julho. O agravamento dos custos, nomeadamente de energia e matérias-primas não cortiça, penalizou a rentabilidade operacional da UN.
A UN Aglomerados Compósitos manteve um desempenho robusto, com as suas vendas a totalizarem 94,1 M€ (+8,2% face ao período homólogo) e o EBITDA a subir para 15,2 M€ (9M21: 7,7 M€). Ainda que a valorização do dólar tenha tido um impacto positivo nas vendas, a melhoria do mix de produto e o aumento de preços foram os fatores determinantes para esta evolução. Verificou-se crescimento na generalidade dos segmentos onde a UN opera, particularmente nos de AerospaceMulti-purpose Seals & Gaskets e Mobility. As novas joint-ventures, Amorim Sports, Corkeen e Korko, mantiveram uma trajetória positiva, com um contributo cada mais relevante para as vendas da UN. O rácio EBITDA/Vendas subiu para 16,2%.
A UN Isolamentos registou um crescimento de vendas de 12,2% para 11,9 M€, com uma evolução positiva dos seus mercados mais relevantes, nomeadamente França e Itália. O aumento do preço de consumo de cortiça e dos custos operacionais penalizou a atividade operacional.
O Conselho de Administração decidiu propor à Assembleia Geral de Acionistas, a realizar no próximo dia 5 de dezembro, a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,09€ por ação.

Tags
Show More

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Close