Música
Hanibal Henriques: “As músicas que faço têm por objetivo melhorar um momento num dia de alguém”
Rumou ao norte e por aqui ficou. Hanibal Henriques quer partilhar nos seus concertos a paixão que traz desde o berço pela música em Português. Em setembro saiu o HAMIZADE, um EP que segundo o cantor “completa o primeiro” trabalho. Na manga estão já várias salas de espetáculos e as FNAC s do Porto já estão agendadas para o início de 2024.
23 de outubro 2023

“Quimera” é a música de Hanibal Henriques que marcou o regresso do cantautor desta vez a solo. A música que começa a ganhar vida nas rádios, na televisão e no coração das pessoas. Há uns dias chegou o “Diz-me lá que eu vou”, ao público onde o videoclip fala de amor e ternura, com um toque de guitarra à portuguesa.
Em setembro deste saiu o HAMIZADE, um EP que completa o primeiro. Para Hanibal Henriques criar música é “semear a intemporalidade, e permanecer em cada locutor de rádio, apresentador de televisão e público que tem ajudado nesta caminhada”.
Quem vê a sua cara reconhece de imediato, pois foram duas décadas a integrar a dupla Ricardo e Henrique. Recém-chegado ao Douro, diz-se apaixonado pelas gentes, sabores, cultura e tradições: “Eu vim viver para o Douro. Há muito tempo que tinha vontade de descobrir esta região fui sempre passando por cá, mas em trabalho. Vir até ao norte fazia-me sempre sentir em casa. Quero beber da vossa cultura musical e não só…!, enfatiza.
Voltando um pouco atrás, recorda à Agência de Informação Norte que foi em 2022 que entrou em estúdio com determinação e foco, para mostrar o que trazia nas veias, mas que não saía à luz do dia. O cantor mostra-nos fotografias que desde os 3 anos, foi colecionado com ajuda da mãe, altura em que se estriou numa casa de fados. Com 5 anos chegou à grande noite do Fado, andou no colo da sra. Amália Rodrigues e a música era o caminho inevitável. São 40 anos de música.
O EP, Hanibal “é fruto da amizade, pois na pandemia, foi contactado pelos músicos que eram da Banda da Dupla, e perguntam-me se não era boa ideia pegar nos meus temas que tinha no baú. Porque não, foi a minha resposta. Cada um em sua casa foi trabalhando e o resultado está agora disponível para o público”. E, assim pós pandemia conseguiu dos “armazéns da FNAC para os palcos da FNAC, onde agora tenho o CD em exclusivo nas lojas no país inteiro”. Acredita que os sonhos podem realizar-se. “Essa é a mensagem que quero transmitir. Faz falta aos nossos adolescentes perceberem isso. O meu objetivo é de querer defender o nosso património, a nossa cultura”, e garante que em setembro vem um novo EP com influências do fado, e sempre com a essência da música “orgânica, sem correções de voz, sem batota, com o que eu tenho e sou”.
“Depois de HANIBAL chega HAMIZADE porque o H é especial”
Abrem- se as portas de auditórios e espaços onde concertos intimistas possam ser saboreados com os que quiserem vivenciar esta partilha. Porque para este homem, músico, cantor de alma fadista, ” as minhas vivências são o que me faz sentido. Canto amor, feridas, altos e baixos, tal e qual o que se vive nesta vida.
A felicidade espelha-se no rosto do cantor e autor das suas próprias músicas, porque o carinho dos que o seguem traz-lhe diariamente um feedback muito positivo. “Fiz isto para os amigos e estou a receber tanto feedback positivo. Estou surpreendido. As músicas que faço têm por objetivo melhorar um momento num dia de alguém. Se isso fizer sentido, sinto-me imensamente feliz”. Hanibal Henriques assegura ainda à Agência de Informação Norte que “está na hora de pensar num todo, passar boas mensagens”, e quer contribuir para que isso aconteça com as suas musicas. “Felizmente que as mensagens têm chegado, e as mesmas vão me fazendo acreditar que há identificação e um bom feeling quando ouvem o meu trabalho” transmitindo através da música que “não há ninguém, melhor que ninguém”. “Eu escrevo e quero dar algo positivo às pessoas, tento transmitir boas vibrações através das melodias fazer as pessoas pensarem através das minhas letras em coisas boas”, remata.