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15.ª edição Misty Fest começa com estreias já na primeira semana de festival

O Misty Fest 2024 está a chegar com nova aposta na diversidade e na abrangência musical e geográfica. Volta este ano a cruzar as geografias do mapa musical e encontramos 'porto seguro' nas principais salas de espetáculo no Porto, Lisboa, Braga, Espinho e Loulé.

Com uma programação sem fronteiras, o festival de outono volta a apostar na diferença e trazer aos palcos de norte a sul, nomes de referência da música nacional e internacional e nos mais diversos géneros e estilos – da morna ao jazz, da música clássica à eletrónica, da acústica dos pianos à delicadeza dos sintetizadores, do fado e da guitarra portuguesa passando pela pop eletrónica até ao flamenco. Este ano, e como seria de esperar, o Misty continua a viver de reencontros – como é o caso do regresso de Karl Seglem ao festival depois da presença em 2021 – mas também de muitas estreias e nomes sonantes que fazem questão de mostrar, pela primeira vez ao vivo, novo reportório como é o caso do próprio Seglem, Sven Helbig, Brandee Younger, Rocío Marquéz & Bronquio, Two Lanes, GoGo Penguin e Daudi Matsiko, Nills Hoffmann e de Tony Ann, que visita pela primeira vez o nosso país, e já com ambos os concertos esgotados, depois de uma longa digressão mundial com dezenas de espetáculos também de lotação cheia.

E por falar em estreias, é imperativo começarmos … do início
O Misty Fest começa já esta sexta-feira, 1 de novembro, na Casa da Música, no Porto, com a estreia ao vivo dos temas do novo álbum da dupla Maria João & André Mehmari, intitulado “Algodão” (editado no início do mês de setembro). A música é e será sempre a melhor ponte para diminuir as distâncias e promover parcerias criativas, este trabalho é a prova disto mesmo. Ao vivo, a voz e o engenho inventivo de Maria João juntam-se à mestria do piano e da eletrónica do compositor brasileiro, André Mehmari. Além do Porto, também Lisboa irá ouvir e ver em primeira mão a delicadeza das palavras e as texturas sonoras deste “Algodão” – no Teatro São Luiz, em Lisboa, a 8 de novembro.
Depois de uma longa digressão pelo país e pela Polónia, Nancy Vieira tem finalmente o encontro marcado com o público nortenho a 2 de novembro, na Casa da Música. Este será o primeiro grande concerto a título próprio no Porto. É de esperar um momento único de celebração e partilha. “Gente” vai ser o mote para um encontro com a morna, o samba e o fado crioulo num cruzamento de gentes e palavras da nossa diáspora tão diversa e abrangente. A 15, aquela que é uma das grandes embaixadoras da cultura e música cabo-verdiana, apresenta-se no B.Leza, em Lisboa.
E se nesta primeira semana o Misty Fest é pautado por estreias, esta também poderá ser uma semana de descobertas nos mais variados géneros musicais. Este ano, a eletrónica assume um dos lugares de relevância do festival, com presenças de jovens referências da eletrónica europeia representados por Two Lanes ou Nils Hoffmann. Mas há um outro nome que se destaca  Christian Löffler. A 8 de novembro, o Capitólio recebe a eletrónica melódica deste produtor e DJ alemão, numa proposta de viagem sonora do novo, “A Life”. No dia a seguir atua na Casa da Música, no Porto. A primeira parte será assegurada pelo house melódico pincelado de nuances indie-folk de Natascha Polké – outro nome a reter na nova eletrónica mundial.
Seguimos em frente nesta primeira semana de Misty recheada de nomes a reter. Tony Ann, jovem prodígio do piano e compositor canadiano, promete mostrar o seu profundo talento para criar composições densas, ricas e emocionais em três concertos exclusivos – a 9 de novembro, no São Luiz Teatro Municipal em Lisboa e, no dia a seguir, a 10, na Casa da Música no Porto (sessões das 16H00 e 21H00). Para ouvir em estreia absoluta ao vivo a trilogia de cores e sons de “EMOTIONALLY (BLUE, ORANGE, RED)” e os clássicos que ajudaram a consolidar a carreira do pianista inconformado e cheio de ideias. Com os três concertos já esgotados, Tony Ann regressará a Portugal em 2025 (13 e 14 de Junho, respectivamente em Lisboa e Porto) para satisfazer a procura do público em Portugal.
Antes de ganharmos fôlego para segunda semana que se avizinha promissora, a 10 de novembro, o São Luiz recebe um dos grandes nomes do flamenco contemporâneo, Rocío Márquez, ela que é a voz da nova geração do flamenco alternativo, transgressivo e erudito. A Portugal, a cantora traz pela primeira vez as músicas do último disco de originais, “Tercer Cielo” (uma estreia ao vivo) e far-se-á acompanhar pelo produtor de música urbana e eletrónica, Santi Bronquio. Este é um concerto integrado na Mostra Espanha 2024. Antes, a dupla sobe ao palco do Cineteatro Louletano, a 8 de novembro.
Fechamos o leque de sugestões para a primeira semana de Misty Fest com uma presença assídua nos palcos nacionais – Sven Helbig. O músico alemão é um dos principais compositores da cena clássica moderna e da eletrónica subtil e experimental, aliada a uma sensibilidade descontraída e pós-moderna. Atua a solo, a 10 de novembro, no São Luiz, numa altura em que o artista tem dado a conhecer o último trabalho, “Skills”. A 12 de novembro visita a Casa da Música.
A 15.ª edição do Misty Fest ainda agora vai começar. Há ainda nomes incontornáveis da música portuguesa para marcar na agenda como as atuações de Lina_, que trará o multipremiado “Fado Camões” a Lisboa (27 nov.) e ao Porto (30 nov); o regresso há muito esperado aos palcos de Lisboa (29 nov) e Porto (1 dez.) de Manuel Fúria depois da edição do dançante e pessoal, “Os Perdedores”;Luiz Caracol (28 nov. em Lisboa e 29 nov. Porto) que trará a multiculturalidade do espetáculo “Sou”; “Timbre”, o quarto álbum de estúdio de Salvador Sobral, será também um dos trabalhos em foco nos três concertos Misty no Porto (26 nov.), Lisboa (27 nov.) e Braga (29 nov.).
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