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Gaia: Exposição CAC – 50 anos: A Democratização Vivida no Museu Nacional Soares dos Reis
2 de dezembro 2024
O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) promove no próximo dia 6 dezembro, a partir das 10 horas, o Colóquio ‘CAC 50 anos — A democratização vivida’, numa iniciativa realizada em parceria com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, no âmbito da exposição homónima atualmente patente ao público no MNSR.
O Centro de Arte Contemporânea (CAC) funcionou no Museu Nacional Soares dos Reis de 1976 a 1980, nascendo de um movimento de protesto ocorrido em 1974 e conhecido como “Enterro do Museu Nacional de Soares dos Reis”. Este período foi marcado por profundas mudanças políticas e sociais pós-25 de Abril, refletidas no setor cultural.
Graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva, o CAC organizou cerca de 100 exposições e várias atividades culturais, fruto de parcerias com embaixadas, institutos culturais e outras instituições. O objetivo era criar um Museu Nacional de Arte Moderna no Porto, concretizado mais tarde com o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves. O CAC formou, ainda, uma coleção de arte contemporânea, com obras adquiridas pelo MNSR e doações de artistas e colecionadores.
Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’, patente no MNSR até 29 dezembro 2024, revisita a história desta aventura primordial no contexto institucional português. Por sua vez, o colóquio que agora será realizado visa promover e estimular o pensamento crítico sobre o impacto e o papel precursor que o CAC teve na promoção da arte contemporânea em Portugal.
O colóquio, resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde Fernando Pernes exerceu atividade docente, contará com painéis de discussão, nos quais colaboram responsáveis por instituições culturais, programadores, críticos de arte, investigadores, galeristas e artistas, proporcionando uma reflexão sobre a importância da liberdade e da descentralização cultural para o processo democrático do país.
Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra e respetivo colóquio ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ contam com mecenato do BPI e Fundação “la Caixa”, e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.
A participação é gratuita, estando sujeita a inscrição prévia através de formulário online.
Programa
10h00 – Acolhimento
10h30 – Abertura do colóquio
10h45 – Painel I – Museus e programação em centros culturais de arte contemporânea
Intervenientes – Marta Almeida (Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto), Marta Mestre (Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães) e João Laia (Departamento de Arte Contemporânea, Ágora, Cultura e Desporto, Porto).
Moderação: Ana Nascimento (MNSR)
11h45 – Intervalo
12h00 – Painel II – Galerias e colecionismo privado
Intervenientes – Adelaide Duarte (Instituto de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa), Pedro Álvares Ribeiro (Casa de São Roque e colecionador, Porto) e Fernando Santos (Galeria Fernando Santos, Porto)
Moderação: Ana Mântua (MNSR)
13h00/15h00 – Pausa
15h00 – Painel III – Contextos críticos
Intervenientes: Sílvia Tavares Chicó (crítica de arte, Lisboa), Bernardo Pinto de Almeida (Faculdade de Belas Artes da Universidade, Porto), Maria de Fátima Lambert (Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto).
Moderação: Lúcia Almeida Matos (Faculdade de Belas Artes da Universidade, Porto).
16h00 – Intervalo
16h30 – Painel IV – A palavra aos artistas
Intervenientes: António Quadros Ferreira, Carlos Carreiro, Emília Nadal, Graça Martins, Joaquim Pinto Vieira, Manuel Casimiro, Zulmiro de Carvalho.
Moderação: Miguel von Hafe Pérez (curador da exposição) e Inês Silvestre (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa).