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Deolinda há 10 anos a alertar consciências através da música

Após uma passagem pelo Coliseu de Lisboa, foi a vez de pisarem território portuense. O grupo, constituído por Ana Bacalhau, José Pedro Leitão e os irmãos Pedro da Silva Martins e Luís Martins, visitaram, ontem, o Coliseu do Porto e ali, com casa cheia, partilharam uma década de canções. A noite serviu para “matar saudades” de toda a discografia da banda e este regresso à invicta há muito que era aguardado.
O primeiro ensaio da banda aconteceu em 2005, mas só em Junho de 2006 é que os Deolinda deram o seu primeiro concerto, sendo, a partir dessa data, que se contam os 10 anos de uma banda que tem vindo alertar consciências através da música.

De fora não poderiam ficar as canções do mais recente álbum de Deolinda, «Outras Histórias», que é já disco de ouro, tendo ocupado durante quatro semanas consecutivas o primeiro lugar do top nacional de vendas e que se encontra a caminho da platina.

«Outras Histórias» acaba de ser reeditado numa edição especial que, para além do álbum, inclui o CD com os concertos de Lisboa, no Tivoli BBVA e Porto, na Casa da Música, com a participação de Manel Cruz (Ornatos Violeta) no tema «Desavindos» e ainda versões ao vivo dos grandes sucessos dos Deolinda como «Fado Toninho», «Movimento Perpétuo Associativo», «Um Contra o Outro» ou «Seja Agora», entre muitos outros.

Quanto ao novo disco, Ana Bacalhau assume que o mesmo surge numa altura de grande maturidade da banda. “Conhecemos bem os cantos à casa, mas os Deolinda não nos deixa de surpreender”, pois “não se esgotou artisticamente”. «Outras Histórias» leva a banda a outras aventuras e histórias. “São histórias com uma roupagem mais actual, contemporânea e algumas saem fora da caixa, como «A Velha e o DJ», música que tem uma batida de discoteca pura e dura” (risos).

Ana Bacalhau assume ainda que este disco é uma grande viagem pelos dez anos dos Deolinda, “por aquilo que somos e o que fomos recolhendo no caminho”. «Corzinha de Verão» foi o single escolhido para apresentação deste novo disco e que há muito anda de boca em boca. “A música fala daqueles dias em que queremos bom tempo e ele não surge, como aqueles que temos tido nesta primavera” (risos).

O grupo surgiu em 2006 e foi com a canção «Parva que eu sou» que conquistou o público, enchendo as grandes salas de espectáculos, tornando-o um dos maiores fenómenos da música nacional. E a marca foi conseguida. “Quem nos ouve identifica-nos logo como os Deolinda”, o que nem sempre é fácil de conseguir, “pois temos vindo a juntar novos instrumentos, a sofrer alterações, mas o público não tem dúvidas de que é os Deolinda que ali está, que não é só a minha voz”, e essa marca “é o melhor que pode acontecer a um artista”, conclui.

Recorde-se que, em 2010, os Deolinda venceram o prémio revelação da revista «Songlines» e «Dois Selos e um Carimbo» foi considerado pelo jornal «Sunday Times» como o segundo melhor disco do ano na categoria de world music.

Fotos: Simão Barbosa

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