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Seis anos de Manuel Clemente como bispo do Porto assinalados nos Clérigos

O bispo Manuel Clemente assinala no domingo seis anos de tomada de posse na Diocese do Porto com o lançamento do seu novo livro e uma bênção à renovada Capela de Nossa Senhora da Lapa, na Igreja dos Clérigos.
“Cem mil euros depois, a Irmandade dos Clérigos devolve à cidade e ao mundo a Capela de Nossa Senhora da Lapa, cujo culto se iniciou por volta do ano de 1790”, sublinha, em comunicado, a Irmandade dos Clérigos, que este ano promove uma série de iniciativas para marcar os 250 anos da construção da Torre dos Clérigos, um dos símbolos da cidade.
É exatamente na Igreja dos Clérigos que Manuel Clemente vai lançar no domingo o seu livro “O tempo pede uma nova Evangelização”, que será apresentado pelo padre José Tolentino Mendonça.
O bispo vai ainda benzer a Capela de Nossa Senhora da Lapa, anexa à Torre dos Clérigos, cujas obras de conservação e restauro tiveram início em dezembro.
Esta empreitada inseriu-se no conjunto de obras que a Irmandade pretende fazer nos Clérigos no âmbito das comemorações dos seus 250 anos.
Está também prevista a requalificação da Torre e da Igreja, um conjunto arquitetónico da autoria do pintor e arquiteto Nicolau Nasoni, classificado desde 1910 como monumento nacional.
Distinguido em 2009 com o Prémio Pessoa e responsável pela segunda maior diocese portuguesa em número de paroquias (477, menos 74 do que Braga), Manuel Clemente, de 61 anos, chegou ao Porto, em 2007, por escolha pessoal do seu antecessor, Armindo Lopes Coelho.
Manuel José Macário do Nascimento Clemente impôs rapidamente a sua marca num Paço Episcopal ainda dominado pela sombra tutelar de António Ferreira Gomes, o bispo que Oliveira Salazar tanto temia.
A marca de Manuel Clemente firmou-se, por exemplo, com uma aposta forte nas novas tecnologias como forma de passar a mensagem da Igreja Católica.
Licenciado em História e doutorado em Teologia Histórica, o prelado, natural de Torres Vedras, dirigiu o Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.
Em 2000, Manuel Clemente era já o número dois do Patriarcado de Lisboa.
O bispo é autor de dezenas de obras e estudos sobre História, – uma das suas declaradas paixões – Teologia e Pastoral, em que se incluem “A Igreja no Tempo, História Breve da Igreja Católica” (Lisboa, 2000) e “Clericalismo e anticlericalismo na cultura portuguesa”, texto publicado na revista Reflexão Cristã, em 1987.
Reativou a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações e é um dos mais ativos defensores da recuperação do património edificado da Igreja.
A Diocese do Porto, que Manuel Clemente dirige desde 25 de março de 2007, abrange uma área de 3.010 quilómetros quadrados, distribuída pelos distritos de Aveiro, Braga e Porto, sendo habitada por mais de dois milhões de pessoas.
“Ver como é tocado um carrilhão”
Para assinalar a inauguração da Capela, no domingo, a Irmandade dos Clérigos, com o apoio da Associação Comercial do Porto, promove um concerto de carrilhão.
“Durante toda a tarde de domingo serão executadas peças dos programas dos dias seguintes e com direta interatividade com os visitantes ou todos aqueles que queiram ver como é tocado um carrilhão”, sublinha a Irmandade.
O carrilhão é um instrumento de torre que compreende uma série de pelo menos 23 sinos, em que um músico pode executar composições musicais a partir de um teclado, construído especialmente, que faz mover mecanicamente os badalos contra a boca do sino.
Lusa

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