A completar 14 anos de carreira, o cantor, de 39 anos, prepara o seu 13.º trabalho que sairá para o mercado discográfico em Junho deste ano. Trata-se de mais um disco de experiências de alguém que vive as emoções à flor da pele, é apaixonado pelo que faz, não gosta de estar no centro das atenções, já que prefere passar despercebido. «Chegou a Hora» é o último disco do cantor que nasceu a 25 de Julho em Moçambique. “Este foi um disco que me surpreendeu muito pela positiva. Aproveitei todo lado humano das pessoas que me acompanham, mas nunca descaracterizando todo o trabalho que tenho feito ao longo dos anos e que as pessoas já se habituaram a ouvir”.
Rui Pedro Neto de Melo Bandeira dá os primeiros passos na profissão em 1987. “Foi nesta altura que ingressei numa Igreja Evangélica”, e aí começou a tocar piano, cantar e a compor os seus primeiros temas. E por ali permaneceu cerca de dez anos.
Durante esse período edita quatro trabalhos discográficos. Anos mais tarde, é apresentado a Jorge do Carmo, ainda hoje seu produtor musical. “O Jorge é o grande responsável pelos meus sucessos, é da família”.
Para Rui Bandeira todos os seus discos são uma constante aprendizagem. “Para além de existir uma linha que eu sigo e que sou identificado pelas pessoas, gosto em todos os meus discos de colocar sempre alguns temas diferentes para que os mesmos não sejam sempre iguais” pois, não tem dúvidas, “é importante inovar”.
Numa conversa, sem pressas nem reservas, revela que está na música por uma grande paixão e “não é o dinheiro que me move”.
Com uma equipa constituída por 20 pessoas, sente também o sabor da crise. “Vivemos dias difíceis, temos muito menos trabalho como em anos anteriores, mas tenho uma equipa que há muito me acompanha e só com sacrifícios é que podemos gerir estas dificuldades”. Porém, “tem sido muito gratificante poder acordar e saber que vale a pena e que tenho pessoas que gostam de mim, da minha carreira e que me seguem para qualquer lado” e, por isso: “só posso agradecer e estar muito feliz”.
Fazendo uma viagem pela sua “ainda curta carreira”, destaca o espectáculo no Coliseu do Porto, a sua passagem pelo Festival da Canção, onde saiu vencedor em 1999 dois DVDs ao vivo e muitas canções.
Apesar de nem tudo ter sido fácil ao longo destes anos, sente-se uma pessoa “abençoada por continuar a ter muito público, a ser solicitado para espectáculos”, concluiu o cantor.
Adoro os cabelos