A entidade regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) vai reduzir até 2014 o número de trabalhadores atuais para quase metade, por colocações em mobilidade, integração noutras entidades públicas e rescisões por mútuo acordo.
A informação foi avançada hoje à agência Lusa por Melchior Moreira, presidente daquela entidade, após aprovação em assembleia-geral, por unanimidade, do plano de reestruturação da TPNP.
Uma das medidas desse plano prevê a redução do quadro de recursos humanos da entidade para 50 elementos, face aos atuais 92 profissionais, medida que Melchior Moreira estima gerar uma poupança anual de 750 mil euros.
“Vamos libertar essas verbas para a promoção turística”, garantiu, no final da assembleia-geral realizada hoje na sede daquela entidade, em Viana do Castelo.
Segundo o plano de reestruturação, aprovado por uma assembleia-geral que integra as 110 entidades – públicas e privadasm, entre as quais as 86 autarquias do Norte – que constituem a TPNP, os encargos com pessoal ascendem, em 2013, a mais de 1,9 milhões de euros.
Contudo, trata-se de uma subida superior a 400 mil euros em apenas quatro anos, conforme se pode observar no documento ao qual a Lusa teve acesso.
A redução do número de trabalhadores, explicou Melchior Moreira, será feita através da sua integração em listas de mobilidade e posterior colocação noutros serviços públicos, nomeadamente nas câmaras municipais da área desta entidade.
“Passa por termos poucos lugares de dirigentes, apostando na formação dos técnicos”, apontou. Existe ainda a possibilidade de rescisões, sublinha o dirigente, “apenas por mútuo acordo” e sem qualquer tipo de “imposição”.
“A Turismo do Porto e Norte do Portugal e o presidente Melchior Moreira não mandará ninguém para a rua. Não há, nem vai haver tão cedo, uma lista de pessoas que vão para a mobilidade”, garantiu.
Em conjunto com outras medidas, esta reestruturação deverá gerar uma poupança de custos anual de 815 mil euros e será implementada até 2014.
“Não estou muito preocupado com as datas. Se estivesse de má-fé podia impor uma data limite para concluir este processo, não o faço porque quero é resolver este problema da vida das pessoas”, admitiu.
O presidente da TPNP promete ainda o “empenho pessoal” na integração de parte dos 40 funcionários a dispensar nas câmaras municipais, “mantendo” estes as mesmas funções desenvolvidas na promoção turística, naquela entidade.
Este plano de reestruturação, que já inclui a integração na entidade do Polo de Desenvolvimento Turístico do Douro, defende Melchior Moreira, permitirá criar uma estrutura “mais funcional e profissional, com mais eficácia e eficiência”, gerando “mais dinheiro para a promoção turística da região”.
Nos próximos três a quatro meses, acrescentou, será já preparada uma estratégia de promoção turística para o Porto e Norte de Portugal, “ouvindo” todas as entidades públicas e privadas da região, e que já incorporará os ganhos operacionais, financeiros, introduzidos com esta reestruturação.
“Partimos para o próximo combate da promoção turística da região com 815 mil euros a mais [poupança do plano de reestruturação], verba que pode ser duplicada ou triplicada com os fundos comunitários”, apontou Melchior Moreira.
O dirigente assumiu ainda que a sede da entidade, tal como acontece desde a sua fundação, vai manter-se no Castelo de Santiago de Barra, monumento nacional, em Viana do Castelo.
Lusa
