É certamente um dos cantores mais populares em Portugal. António Manuel Neves Ferrão é um nome que não diz nada a (quase) ninguém, mas refira-se «Toy» e toda a gente sabe que falamos de um dos artistas mais reconhecidos, principalmente pelas suas fortes baladas.
Aos 50 anos, mantém a boa aparência, apura o bom humor, apesar do grande susto que teve. “O AVC foi provocado por uma série de coisas e um dia o meu corpo não aguentou mais, pois andava com o meu sistema nervoso todo alterado, almoços a mais, mas felizmente recuperei bem e não fiquei com sequelas”. Ao fim de todos estes anos, garante ser o mesmo “cidadão de sempre” e a música continua a ser uma das suas grandes prioridades na vida. “A música é e será sempre o meu grande amor, pois não sei o que seria de mim sem ela”. Sem ela, “a minha vida seria a preto e branco”.
O cantou apresentou recentemente o seu novo disco, composto inteiramente por originais. «Enquanto estou vivo», com uma linha melódica romântica, este disco “foi escrito numa altura difícil da minha vida, cheio de emoções, sentimentos e muitas mensagens”. E a escolha do nome significa que, enquanto o artista viver, quer “amar, sonhar, cantar e marca um novo ciclo da minha vida”.
Neste momento divide a sua carreira em dois: “um Toy antes e um depois. Somos iguais a si próprios, mas duas pessoas com vidas diferentes”.
O seu nome tem sido notícia em várias revistas. “As revistas escreveram muitas mentiras sobre mim. Disse sempre que, no dia em que eu decidir abrir a porta aos jornalistas, ela vai ficar aberta para sempre, pois não podemos abrir só quando nos apetece”, mas consciente de que iria “sofrer essas consequências das inverdades que escreveram”.
Recentemente, participou num dos programas de maior audiência da TVI, «A tua cara não me é estranha», onde, durante várias semanas, demonstrou ser capaz de, através da versatilidade da sua voz, interpretar vários cantores.
Falou da ligação à família e diz que da infância a maior recordação que tem é de ter sido sempre muito orgulhoso. “Levava porrada da minha mãe porque fui sempre muito rebelde, batia muito na minha irmã, fazia asneiras, mas tive uma infância muito feliz”. Do pai diz ter herdado a “serenidade”. Da mãe, a parte “emocional”.
António Ferrão nasceu no dia 10 de Fevereiro de 1963, em Setúbal. Começou a sua carreira com apenas cinco anos em romarias e festas na cidade onde nasceu. Fez teatro aos dez anos. Foi para Alemanha aos 17 e regressou em 1988.