S. João da Madeira tem aproximadamente 22 mil habitantes e é a segunda cidade portuguesa, logo a seguir a Lisboa, que mais levantamentos fizeram por habitante em 2014 nas caixas de multibanco, rondando por habitante os 4672 euros. Mesmo com a palavra “crise” presente no dia-a-dia de muitos sanjoanenses, estes dados, avançados na última semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que a média nacional rondou os 2422 euros por habitante, o que significa um aumento de aproximadamente um por cento do que em 2013.
Foi em Lisboa onde mais dinheiro se levantou no multibanco, valores que chegaram aos 5006 euros. Logo a seguir, fixou-se S. João da Madeira e em terceiro lugar a cidade invicta com 4325 euros.
Ainda segundo dados dos Anuários Estatísticos Regionais, divulgados pelo INE, além destes três municípios, outros seis localizados no Algarve – Albufeira (3916 euros), Vila Real de Santo António (3781 euros), Faro (3506 euros), Portimão (3212 euros), Loulé (3170 euros) e Tavira (3014 euros) – registaram os valores mais elevados por habitante, «sugerindo um efeito da actividade turística daquela região neste indicador», refere o INE.
Quanto ao nível local, o INE refere ainda que se «verificou, em apenas 45 do 308 municípios, que o crédito à habitação por habitantes» superou a média nacional. Valores deste indicador que se registaram nos municípios de Lisboa (30,1 mil euros) Oeiras (23,6 mil euros) e a cidade do Porto com (17,6 mil euros por habitante).
Relativamente às 25 regiões cujo território coincide com as comunidades intermunicipais, o Algarve (3002 euros), a Área Metropolitana de Lisboa (2778 euros), o Alentejo Litoral (2641 euros) e a Área Metropolitana do Porto (2549 euros) «foram as únicas que registaram valores de levantamentos nacionais por habitante acima da média nacional», pode ler-se nos dados do INE.
Quanto aos valores mais reduzidos neste indicador, verificaram-se no norte do país, nas regiões do Alto Tâmega (1754 euros), Douro (1773 euros), Tâmega e Sousa (1880 euros) e também nas Terras de Trás-os-Montes (1963 euros).
O INE refere ainda que, em 2014, existiam em Portugal 5720 estabelecimentos de outra intermediação monetária (bancos, caixas económicas e caixas de crédito agrícola mútua), menos 264 do que em 2013, o que corresponde, segundo o INE, a uma diminuição de cerca de 4,4 por cento na rede de balcões destas instituições.
Compras no Natal, as maiores dos últimos cinco anos
Quanto às compras através de terminais de pagamento automático, o INE revela que aumentaram, em 2014, cerca de 6,7 por cento face ao ano anterior e, no que diz respeito ao valor de compras por habitante, este fixou-se nos 2944 euros.
Ainda dados do INE, os valores mais altos registaram-se sobretudo em municípios do litoral continental e capitais de distrito. Nas regiões autónomas, o INE refere que os valores se verificaram acima da média nacional no Funchal (Madeira) e Ponta Delgada, Velas, Angra do Heroísmo e Horta (Açores).
No entanto, um estudo do IPAM, The Marketing School, tornado público recentemente, dá conta de que os gastos em compras no Natal deste ano serão os maiores dos últimos cinco anos, revelando que, cada português, em média, deverá gastar 300 euros, mais 10 por cento do que em 2014. «Prevê-se, assim, que em 2015 os gastos possam estabelecer um novo máximo desde 2010, ano em que cada português desembolsou, em média, 373 euros», diz o documento.
As grandes superfícies parecem continuar a ser os espaços preferidos para as compras desta época festiva. No entanto, o mesmo estudo revela que o comércio de rua e a internet estão a ganhar cada vez mais adeptos.