São 30 anos de pintura resumidos em 160 páginas. O artista plástico Ruy Silva decidiu juntar fotos dos seus quadros numa obra autobiográfica e o resultado está à vista no livro “Pigmento Laranja”. Para quem preferir ver as obras expostas, basta ir ao Palacete Camarinha, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, onde está patente desde este sábado uma exposição que retrata os 30 anos de pintura de Ruy Silva. Lá há para ver cerca de 30 obras que mostram uma vez mais a figura humana que desta vez não prima pela nudez, mas sim pelo “sentimento que exprime”.
O ponto alto da exposição ficou marcado pela apresentação de uma obra com aproximadamente dois metros que apela à inclusão social. Trata-se de um quadro executado com recurso a uma técnica “nunca antes utilizada por nenhum artista plástico”. “Inspirei-me na obra de António Variações para fazer esta pintura, que chama a atenção para um problema que muitas vezes é esquecido e não valorizado, que são os daltónicos”, revela o artista. A peça, segundo Ruy Silva, pretende alertar para “as grandes dificuldades” com que estas pessoas convivem no seu dia-a-dia. Nesta obra, o autor revela que está identificado “um código que permite aos daltónicos interpretá-la através do relacionamento das cores e de símbolos, aproximando-se desta forma de uma visão da nossa realidade”.
Para perceberem “o que é viver com este problema”, os convidados tinham à disposição óculos que lhes permitia ter a noção da forma como um daltónico interpretava as cores. “É uma realidade muito diferente da nossa, que considero mesmo preocupante e que chamo a atenção através deste quadro”, enfatiza Ruy Silva.
Aos 45 anos e 30 de carreira, o artista plástico assume que a palavra “obrigado” é a que melhor define todos estes anos de trabalho, que nem sempre foram fáceis de “sustentar”, mas de alguma forma “fizeram-se crescer a todos os níveis”. Homem sensível, de emoções fortes, de abraços, que gosta de pintar a vida. E como não existe amor como o primeiro, não esquece a primeira oportunidade que teve quando propôs realizar a sua primeira exposição com apenas 15 anos de idade. Um sim que ainda perdura, com a cor laranja sempre presente nas obras que agora estão inscritas na sua autobiografia.
Parabéns pelos 30 anos. Onde posso comprar um livro? Fotos com muita qualidade.
Sou de Leiria
Ola Sara boa noite, pode-me enviar uma mensagem privada pelo meu instagram. ruysilvart74 ? Muito obrigado pelo cuidado.
Tem vindo a melhorar com os anos. Durante muito tempo a nudez masculina era uma das suas qualidades de marca. Felizmente acordou para a vida e abriu o leque de ofertas.
Estou -te grata, por me teres proporcionado um momento extraordinário! Vi obras lindas, que despertaram em mim algumas emoções e sensações que não consigo verbalizar! A arte é assim mesmo, falar ou descrever é reduzi-la onde ela não cabe!
Foi soberbo!
Um beijo grande muito sentido e com muito carinho, que sabes bem que tenho por ti.
Muito sucesso meu querido Amigo.
Parabéns Ruy Silva pela celebração e comemoração que é, também, da vida, da pintura, do belo e da arte! 30 anos que pude agora conhecer e entender para enquadrar e sustentar o texto que abre a magnífica é fantástica edição onde encontramos algumas criações e produções tuas! Felicidades futuras e continua a dar-nos e deixar-nos sentimentos de confiança e esperança futura! Um enorme abraço
Uma reportagem muito bem conseguida destes 30 anos de carreira. Gosto muito de acompanhar o vosso trabalho. Textos cuidados e fotografias de grande qualidade. Grandes profissionais, Parabéns pelas alterações feitas ao longo destes anos Ruy Silva. Vi há vários anos uma exposição no Palácio do Bolhão no Porto. Fiquei encantada com as cores de muitos quadros e a mensagem dos mesmos. Uma evolução muito positiva. Venham muitos mais. Também quero um livro. Deixo aqui um desafio. Porque não a Agência de Informação realizar um passatempo e oferecer um ou mais livros?
Quero um livro. Quero passatempo. Adoro os quadros do Ruy Silva. Pena não ter dinheiro para comprar um. Passo pela loja de Espinho mas está sempre encerrada. Gosto de alguns quadros que lá estão mas fico com a ideia que o espaço está sempre encerrado pois tem muitas catas na porta.