Desporto

Há Kizomba em chuteiras por Bragança

Chamam- lhe Terra Fria Transmontana. Bragança,  a maior urbe a norte do território interior junto da fronteira agora invisível com Espanha,  desde 2012  que ganhou calor e ritmos nunca antes vistos nos campos do campeonato distrital de futebol.
O Instituto Politécnico fez pensar os estudantes africanos da região e juntou-os numa equipa que compete na Divisão de Honra. Junta sobretudo cabo verdianos, angolanos  mas não só. Portugueses , brasileiros e até espanhóis são bem vindos .Afinal é atrás de uma bola de couro que todos se integram e esbatem diferenças numa região habituada durante décadas aos mesmos rostos fechados e trabalhados pelo tempo. Agora há kizomba sobre chuteiras a cada domingo. Havia porque a pandemia adiou para já a competição. Ainda assim a Associação de Estudantes Africanos de Bragança está na espera da competição e mantém  o sonho de  um dia chegar ao Campeonato de Portugal. Se há povo sonhador  é o Africano. Se há quem encontre num simples sorriso o melhor do dia  então  é lá na velha Brigantia. Sem verbas próprias ou receitas para fazer mais  mas a  “chatear ” as principais equipas como diz  Óscar Monteiro um dos fundadores deste clube exótico de Trás- os Montes.
Não é novidade para ninguém que o futebolista africano transporta qualquer coisa de diferente nos pés. Magia talvez, improvisação , alegria ,  afinal aquilo que todos gostam  no futebol .
A integração social e desportiva é plena. Todos gostam dos Africanos de Bragança. Porque o clube é um alfobre . A cada época  saem sempre uma dezena de jovens talentos para as equipas que sobem de divisão. E a custo minino. O mesmo é dizer que a AEAB tem andado a espetar uma lança na ainda tradicional região de Trás- os Montes.
Fernando Eurico
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