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Porto e Norte de Portugal regista 1,138 milhões de dormidas em agosto
O Porto e Norte de Portugal registou 1,138 milhões de dormidas em agosto (56% turistas nacionais), atingindo 80% do total de dormidas registadas no período homólogo de 2019, sem a crise no setor devida à covid-19.
“Em agosto tivemos 1,138 milhões de dormidas no Porto e Norte, 56% das quais dormidas de turistas nacionais. O Porto e Norte esteve a menos de 300 mil dormidas do que agosto de 2019, conseguindo 80% desse total, o que representa um sinal de que a retoma está a surtir efeitos bastante positivos na região”, avançou hoje à agência Lusa fonte da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).
Segundo adiantou o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, os dados deste verão até agosto passado são um “sinal claro de retoma e a esperança de que o ano de 2022 poderá ser de quase normalidade, com valores iguais, podendo ficar próximo dos registados no histórico ano de 2019”.
“Os dados registados nos meses de verão deixam-nos muito otimistas em relação ao que poderá ser o comportamento dos restantes meses do ano, com a significativa diminuição das restrições às viagens quer em Portugal, quer às dos mercados emissores, designadamente Espanha. Os dados até agosto permitem-nos ver que os turistas estrangeiros já representam quase 50% das dormidas na região e, acreditamos, até final do ano vão mesmo passar a representar mais de metade dos turistas que visitam o Porto e Norte de Portugal”, afirmou.
O número de dormidas abaixo de 2019 ainda se deve a alguns constrangimentos, como por exemplo obrigatoriedade de fazer quarentenas depois da visita a Portugal em alguns mercados emissores, como Alemanha, Brasil, Canadá e os EUA, considerou.
No acumulado, entre janeiro e agosto, a TPNP registou “3,32 milhões de dormidas”, um valor ainda distante dos 7,2 milhões de dormidas de 2019, mas com valores “bem mais positivos do que os 3,076 milhões de dormidas de 2020”, considerou Luís Pedro Martins.
Em termos de estada média, o Porto e Norte fecha agosto com 2,04 noites, um dado já acima dos 2,01 de agosto de 2019, o que representa um sinal “bastante positivo”.
Em maio deste ano, as reservas para o verão em hotéis da região Norte estavam a voltar de forma “lenta, mas notória”, e as perspetivas já eram mais positivas do que em 2020, prevendo-se uma ocupação de 70% de lotação nalgumas unidades.
Na altura, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, disse à Lusa que havia um “crescendo de contactos e pré-reservas” para o verão e que a perspetiva era de que o Norte iria ter “um verão melhor” do que em 2020.
“Em 2020, por essa altura, registámos números interessantes, mas temos indicadores que este 2021 será melhor, com o mercado nacional a ser preponderante, mas com os mercados tradicionais a chegarem até nós com mais força do que no ano transato e existirão muitas reservas de ‘last minute’ [última hora], consoante a evolução da pandemia”, referiu, na altura, Luís Pedro Martins.
Segundo o relatório trimestral Norte Conjuntura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a que a Lusa teve acesso, “as dormidas nos estabelecimentos turísticos do Norte foram de 1,1 milhões no 2.º trimestre de 2021, que compara com apenas 305 mil no período homólogo de 2020”.
“Pese embora o crescimento, o valor ainda é bastante inferior ao número de dormidas registadas no 2.º trimestre de 2019”, num período pré-pandemia, em que foram 1,8 milhões, “ou seja, mais 63% do que no 2.º trimestre do corrente ano”, refere o mesmo documento.
CCM // CSJ