Cultura

Albergaria: José Matos e Zélia Oliveira apresentam livro sobre o fim do Estado Novo

Este sábado, dia 29, às 16h, será apresentado o livro “Rumo à Revolução: Os meses finais do Estado Novo”, de José Matos e Zélia Oliveira, na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha.

O que aconteceu em Portugal nos três meses que antecederam a revolução de 1974? José Matos e Zélia Oliveira consultaram centenas de documentos de arquivos nacionais e estrangeiros para traçar um quadro detalhado dos acontecimentos que levaram à queda da ditadura.
Neste livro, é possível ver que, a poucos meses do 25 de Abril, Portugal procurava desesperadamente comprar armas para manter o conflito em África. Na frente interna, os militares conspiravam contra o Governo e o livro “Portugal e o Futuro”, escrito pelo general Spínola e publicado em fevereiro de 1974, provocava um verdadeiro terramoto político, ao denunciar a falência do regime na solução do problema do Ultramar. Quando às tropas de Salgueiro Maia, chegaram ao quartel do Carmo no dia 25 de Abril, não sendo preciso esperar muito para que o golpe se consumasse e Marcello Caetano entregasse o poder nas mãos do general Spínola.
José Matos nasceu em 1970 e é investigador em História Militar. Tem feito investigação sobre as operações da Força Aérea na Guerra Colonial portuguesa, principalmente na Guiné. É colaborador regular da Revista Militar e de revistas europeias de aviação militar e de temas navais. Em português tem dois livros publicados, um sobre as relações do Estado Novo e a África do Sul e outro sobre a operação Mar Verde na Guiné. Colaborou ainda em três outros livros sobre as guerras coloniais. Tem escrito também em inglês sobre a guerra na Guiné e a guerra de fronteira entre Angola e a África do Sul com vários livros publicados na série Africa@War, da editora Helion.
Zélia Oliveira é jornalista. Nasceu em 1972, em Roterdão (Países Baixos) e estudou no Porto e em Lisboa. Concluiu o mestrado em História Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com uma tese sobre a crise final do Marcelismo. Desde então que se interessa pelo estudo do Estado Novo e pela transição para a Democracia. Como jornalista, trabalhou em órgãos de comunicação locais em Torres Vedras e foi correspondente da agência de notícias portuguesa Lusa na região Oeste (Mafra, Torres Vedras e Caldas da Rainha).

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