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Mar provoca estragos avultados no Furadouro

A população está em sobressalto. A forte agitação marítima provocou hoje estragos avultados em casas e restaurantes, arrastando troncos de árvores, muita areia e grandes pedras pela avenida principal na Praia do Furadouro, em Ovar. Milhares de pessoas rumaram esta tarde até ao local para assistirem a este cenário devastador.
A forte agitação marítima provocou, este domingo, danos materiais avultados em estabelecimentos comerciais do Furadouro, depois de as vagas terem destruído os separadores colocados na avenida marginal, disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros de Ovar.

Segundo moradores, pouco passava das 4h30 deste domingo, começaram as marés vivas, com uma agitação marítima fora do normal. As vagas destruíram os separadores de cimento e galgaram toda a avenida central do Furadouro, que separa o mar da zona onde estão situados estabelecimentos de restauração e habitações.

Os estragos são bem visíveis e, segundo apurámos no local, junto dos Bombeiros Voluntários de Ovar, o paredão que existia está destruído.
No local estiveram mais de 30 elementos dos bombeiros de Ovar, responsáveis da Proteção Civil e efetivos da PSP, que cortaram o trânsito automóvel junto à marginal. Os bombeiros apelaram aos residentes na zona para não se deslocarem para a avenida, numa altura em que, apesar de a agitação marítima ter diminuído de intensidade, ainda gera preocupação e obriga a prevenção.
No local, alguns moradores comentavam as ondas que avançaram 200 metros do limite daquilo que era habitual. A população diz não se lembrar de tanta agressividade desde desde 1979 e diz-se esquecida pelo governo. O certo é que, sempre que existem marés vivas no Furadouro, a população fica em sobressalto e alerta, desesperada, para uma rápida intervenção do governo, pois garantem que a praia está a desaparecer e esta é uma situação que dura há vários anos. “Estamos cansados desta situação, ninguém faz nada e um dia destes a nossa casa é engolida pelo mar”, desabafou um morador. Apesar dos alertas, “nunca pensamos que o mar estivesse tão agressivo”, desabafam.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém toda a costa portuguesa sob aviso laranja até ao final do dia, por previsões de ondulação até aos sete metros. De acordo com a página na Internet do IPMA, a costa portuguesa está sob aviso laranja – o segundo mais grave numa escala de quatro – até à meia-noite de hoje, passando depois a aviso amarelo – o terceiro mais grave -, que se prolonga até ao final do dia de terça-feira, 4 de Fevereiro, devido a previsões de ondulação entre os quatro e cinco metros de altura.

O alerta permanece, assim, nas próximas horas.

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