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Frei Hermano levou emoção ao Coliseu

Frei Hermano da Câmara subiu, ontem, ao Coliseu do Porto e passou em revista uma carreira que começou no final da década de 1950. Voltar ao Coliseu do Porto tem sempre um sabor especial. “ Eu estudei no Porto e fui ordenado sacerdote nesta cidade. Gosto muito das pessoas, já cá cantei muitas vezes e para mim estar no Porto é sempre uma grande alegria”. A poucos dias do Natal, e no Ano Internacional da Fé, Frei Hermano diz que este seu espectáculo serviu também de mensagem. “ O Sofrimento nunca tem a última palavra. A última será sempre a esperança e temos que acreditar que Cristo está a conduzir história e é Nele que encontramos a solução para todos os problemas”.

O espectáculo foi muito participativo e emotivo. “Estes espectáculos são sempre para anunciar Cristo, de grande espiritualidade e muito alegres” e quem “canta reza duas vezes”.
Frei Hermano da Câmara revisitou alguns dos seus maiores êxitos, que fazem parte dos seus 50 anos de carreira, que assinala este ano. Aos 79 anos, confessa que nunca pensou em cantar tanto tempo e ainda hoje se interroga se fez tudo aquilo que deveria ter feito.

Os 50 anos de carreira coincidem também com os de vida religiosa. Gravou o seu primeiro disco em 1955 e, mais tarde, mesmo depois de ter decidido abraçar a vida religiosa, como monge beneditino, continuou a gravar discos e a realizar concertos, ficando conhecido no país como o ‘Monge Cantor’. Sempre que possível, mantém-se longe dos holofotes e das entrevistas, pois muito do seu tempo é dedicado à oração. No entanto, o certo é que, ao fim destes anos, não tem grandes dúvidas de que sempre se sentiu artista.
Apesar de tudo, confessa que não foi fácil conciliar a vida religiosa com a de cantor.

Hermano Vasco Villar Cabral da Câmara nasceu em Lisboa, a 12 de Julho de 1934, numa família aristocrática ligada ao fado. Esteve afastado do palco durante alguns anos, mas Frei Hermano da Câmara regressou aos espectáculos ao vivo para comemorar 50 anos de carreira e recordar temas, como «E o lenço a dizer Adeus», «Jesus», «Minha mãe», «Nasci fadista», «Fado da despedida», «O espírito de Deus», «Mãe ou rapaz da camisola verde».

O Nazareno, Deus é Música, Totus Tuus – Serenata Mística a Nossa Senhora e Missa Portuguesa são os exemplos maiores desta obra de apostolado pela música, em que o público se revê e acarinha como estandarte da sua fé

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