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Ana Moura há muito que apaixonou os Portugueses

O 5º álbum de originais representa para Ana Moura um momento de viragem na carreira da artista que viu a canção, que dá titulo ao álbum, receber o Globo de Ouro de Melhor Música.
Vive a carreira com muita intensidade e é certamente uma das fadistas que mais se tem destacado pela inovação. A sua voz é versátil, ao ponto de despertar e impressionar os músicos da banda inglesa Rolling Stones. Assume-se fadista de alma e coração e não esconde a grande paixão pelo novo disco, que é para si mais uma experiência. “O fado é muito mais do que uma viola ou guitarra. O Fado é um estado de Alma”.
«Desfado» recebeu em Abril último o globo de Ouro de Melhor Música.”Receber este prémio teve um sabor especial porque se trata de mais um reconhecimento do trabalho que fazemos e faz-nos sentir que estamos no caminho certo”.
Na opinião da fadista, existe sempre a dúvida de como é que as pessoas vão reagir a um novo disco, principalmente quando existem novas experiências e “existe sempre uma expectativa do que podem dizer os puristas”. Para Ana Mora este disco é muito diferente dos meus anteriores. “Existem misturas de alguns géneros musicais como: fado tradicional, música popular e tradicional do norte de Portugal e um pouco de jazz”.
Aos 34 anos de idade, encara este disco como sendo mais uma experiência, até porque o disco conta com um produtor de fora do fado, com músicos que nunca tinham escrito para este género musical e ainda instrumentos que não são muito utilizado no fado.
Entrego-me da mesma forma em todos os espectáculos
Para além do sucesso do disco, assegura que as músicas têm funcionado muito bem nos espectáculos que tem realizado. “O «Desfado» tem a característica de fazer as pessoas se sentirem confortadas, pois retrata belissimamente a nossa personalidade enquanto povo e nós somos pessoas muito emotivas, profundas e torna-se fácil cair no conflito interior que é, na realidade, o que esta música trata e, por isso, as pessoas se sentem muito próximas e confortadas”.
Numa conversa, sem pressas nem reservas, assume-se uma mulher tímida, gosta de passar despercebida e revela ser muito emotiva, chora com muita facilidade e encontra na família a sua grande força. “Acho que os fadistas são todos eles emotivos, pois o fado é emoção”(risos).
Não conhecendo ainda a Casa da Criatividade, em S. João da Madeira, onde vai estar a actuar dia 21, pelas 21h30, diz aperceber-se que o país tem apostado em novas salas de espectáculo apesar da crise. “O público cada vez mais acarinha os artistas portugueses e acabam por contribuir para um melhoramento dos seus artistas”. Para a fadista todos os espectáculos são especiais. “Faço os espectáculos como se fosse o último” e, por isso, não gosta de comparar um espectáculo que dá no Coliseu com o que vai dar amanhã. “Entrego-me da mesma forma em todos os espectáculos”. Tem um desejo: “gostava que as minhas músicas durassem muito tempo e que as próximas gerações ainda se identificassem com a minha música”.

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