Cultura
“UPS! Voltei a casa!” alerta para o abandono animal
“Ups! Voltei a Casa!” é o mais recente livro infantil de Elisabete Gonçalves.
16 de abril 2021

Elisabete Gonçalves é uma mulher cheia de emoção e de fácil empatia. Pode dizer-se mesmo que é uma mulher do norte, mas há um pormenor nasceu no Rio de Janeiro, no longínquo Brasil, contudo os genes não enganam. Filha de um pai viciado em leitura e mãe muito dedicada, com 3 irmãos e várias histórias para contar.
Numa conversa delicada e deliciosa partilhou com a Agência de Informação Norte (AIN) todos os pormenores da sua primeira obra publicada, pela Edições Toth, um livro infantil intitulada “Ups voltei a casa”, que fala de uma das suas grandes paixões: os animais de estimação.
Antes de levantar o voo sobre a história que prende a atenção de pequenos e graúdos, vamos a uma apresentação mais completa da autora: “por decisão dos meus pais, voltamos ao norte do país, ainda eu era muito pequena, ao local de onde eram naturais”.
Quanto à curiosidade sobre a escrita despertou na adolescência com o professor Manuel Canito. Aí nasce o sonho. “Ele desafiava-me a pensar e a escrever e isso era, verdadeiramente, especial para mim,” conta.
Fez todo o seu percurso académico no distrito do Porto. E foi a história que lhe ganhou a alma. Licenciou-se em História de arte, e partilha os seus conhecimentos com os alunos, até hoje.
Quis a avida desafia-la a trabalhar com alunos mais pequenos e a incentivá-los à leitura e a fascinarem-se com as histórias que cada livro traz consigo. A docente, hoje também autora, arregaçou as mãos e foi… sem medo. “hoje dedico-me à educação literária e ao trabalho desafiante em bibliotecas escolares, especialmente com os mais pequenos e isso é fascinante. Mais ainda, quando os vê-mos com vontade de descobrir uma história e de a recriar seja em desenho seja em representação”, enfatizou a escritora.
O seu primeiro conto foi publicado na revista “Essencial” do Jornal Sol, em junho de 2010, tendo mais recentemente publicado outros no Diário de Aveiro.
“Ups voltei a casa, é uma história infantil que foi escrita há cerca dois anos” mas, chega, agora, às mãos dos leitores mais pequeninos (6 aos 10 anos). Contudo é um alerta que a professora Elisabete Gonçalves quis deixar ao público em geral, “sobre umas das minhas grandes paixões, os animais de estimação. A forma como se deve respeitar e tratar os animais de estimação é retratada nesta história inspirada na minha cadela e filhotes”, refere. Os textos são apresentados com ajuda das aguarelas de uma pintora/design de Jóias Sylivie Castro.
Mas afinal qual é a história do livro? Sem levantar o véu e desvendar demasiado, Elisabete conta:
“em setembro, numa aldeia junto a uma Pateira, a Senhora Gina e o Senhor Manuel esperavam, ansiosos, a chegada dos cachorrinhos da sua cadela Kitty e do seu cão Lorde. Estes simpáticos rough collies eram a alegria da casa e tratados como se fossem filhos. Foi com grande alegria que viram nascer duas cadelinhas, a Nala e a Lassie. Duas vidas, o mesmo destino… ou talvez não?
A Lassie teve uma vida atribulada em risco de abandono. O que será que vai acontecer com esta cadela meiga e inteligente? “ diz a autora. Mas, para saber a resposta terá de comprar o livro e ler com os seus filhos ou netos ou até sobrinhos.
“As preocupação de abandono e traumas, de quem não respeita os animais levou-me a construir esta história” diz Elisabete com emoção na voz. E aconselha: “Quando as pessoas têm ninhadas é sempre muito importante levar um pouco de comida a que está habituado e é importante que leve um brinquedo e uma manta que tenha os cheiros de casa”. E queria contar o resto, mas não se pode desvendar o mistério…
Foi no ato de coragem que esta professora publicou este livro que está a ter um feedback muito positivo desde a sua publicação. Até porque tudo acontece um pouco antes da pandemia. Já está espalhado pelo País, ilhas e até já viajou ate Londres.
“UPS voltei a casa, está disponível, na Wook, na Betrand e através do Facebook de Elisabete Gonçalves onde consegue para além do livro, um autógrafo da autora.
Por: Andreia Gonçalves
Foto: DR