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Alojamento turístico com aumentos em julho de 59,6% nos hóspedes e de 71,9% nas dormidas
O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas em julho, aumentos de 59,6% e 71,9% respetivamente, face ao mês homólogo, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Porém, comparando com julho de 2019, período anterior à pandemia de covid-19, em julho deste ano os hóspedes registaram um decréscimo de 42,5% e as dormidas diminuíram 45%.
“Comparando ainda com julho de 2019, observa-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 67,6% nas dormidas de não residentes”, indicam ainda os dados do INE relativos à atividade turística.
De acordo com o INE, as dormidas de residentes em julho registaram um “crescimento expressivo” nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores e no Algarve.
Já entre janeiro e julho, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 5,8 milhões de hóspedes e 14,8 milhões de dormidas, correspondendo a quebras de 1,2% em ambos os casos, face ao mesmo período de 2020.
Nos primeiros sete meses do ano, as dormidas totais caíram 2,4% em resultado de um aumento de 31,7% nos residentes e de uma redução de 30,7% nos não residentes.
Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 67,4%, com reduções de 31,5% nos residentes e de 82,1% nos não residentes.
Em julho, 19,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, uma percentagem que compara com 26% em junho.
As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões em julho, tendo o Algarve concentrado 34,5% das dormidas, seguindo-se o Norte (15,5%), a área metropolitana de Lisboa (14,6%) e a região autónoma da Madeira (12,1%).
O INE indica que, em julho, “destacaram-se os crescimentos expressivos das dormidas de residentes, face ao mesmo mês de 2019” na Madeira (60,2%), nos Açores (26,3%), no Algarve (19,3%) e no Alentejo (13,1%), enquanto nas restantes regiões se registaram decréscimos.
Por sua vez, nos primeiros sete meses do ano, registaram-se diminuições homólogas no número de dormidas na área metropolitana de Lisboa (28,7%), na Madeira (7,4%) e no Norte (2,8%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos.
Entre janeiro e julho, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com realce para a Madeira (136%), os Açores (99,9%) e o Algarve (54,6%).
Neste período, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes, com exceção dos Açores, que registou um crescimento de 31,8%.
“As menores reduções registaram-se no Alentejo (-4,8%), enquanto as restantes regiões apresentaram diminuições superiores a 16%”, refere o INE.
Nos primeiros sete meses de 2021, o município de Lisboa registou 1,3 milhões de dormidas (10,4% do total), que se traduziram numa diminuição de 44,1%.
Neste período, as dormidas de residentes em Lisboa recuaram 1,2% e as de não residentes (que têm um peso de 61,5%) diminuíram 56,1%.
Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 83,3%, com quebras de 60,1% nos residentes e de 87,8% nos não residentes.
As dormidas no município de Albufeira (9,6% do total) diminuíram 0,7% entre janeiro e julho (mais 55,7% nos residentes e menos 34% nos não residentes).
No Funchal (6,4% do total) as dormidas diminuíram 21,7% no conjunto dos primeiros sete meses do ano, tendo registado uma subida de 131,8% nos residentes e uma redução de 40,8% nos não residentes.
Os dados do INE mostram ainda que a taxa líquida de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico foi de 35,4% em julho, um aumento homólogo de 10,7 pontos percentuais.
Antes da pandemia, em julho de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 59,9%.
Em julho, as taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na Madeira (56,6%), nos Açores (48%), no Alentejo (41,3%) e no Algarve (40,1%).
Os dados do INE revelam também que os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 296,9 milhões de euros no total e 223,4 milhões de euros relativamente a aposento.
Comparando com julho de 2019, os proveitos totais diminuíram 44,5% e os relativos a aposento decresceram 46,7%.
Nos primeiros sete meses do ano, face ao período homólogo de 2020, os proveitos cresceram 9,2% no total e 10,7% relativos a aposento, mas comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais recuaram 67,5% e os relativos a aposento diminuíram 67,6%.
O Algarve concentrou 39,8% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento em julho, seguindo-se a área metropolitana de Lisboa (13,8% e 13,9%, pela mesma ordem) e o Norte (12,9% e 13,1%, respetivamente).
Entre janeiro e julho, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural e de habitação).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 40,4 euros em julho.
Em julho de 2019, o RevPAR tinha sido 70,0 euros.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (58,4 euros), na Madeira (54,7 euros), no Alentejo (49,8 euros) e nos Açores (49,0 euros).
Nos primeiros sete meses do ano, o RevPAR aumentou em termos homólogos 2,6%, com crescimentos de 2,1% na hotelaria, 2,4% no alojamento local e 21% no turismo no espaço rural e de habitação.
Segundo o INE, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 99,9 euros em julho, quando no mesmo mês de 2019, tinha sido de 106,8 euros.
DF // EA