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Ana Moura esgotou Coliseu do Porto

Ana Moura subiu ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, na sexta-feira e ontem foi a vez de ser aplaudida no Coliseu do Porto. Ambos os concertos tiveram lotação esgotada.
A cantora apresentou ao público do norte canções do último álbum, além de temas que marcaram a sua carreira.
«Desfado», o seu quinto e último trabalho, reúne fados tradicionais e outras canções que mostram um outro lado do fado. Ana Moura é o retrato actual de uma cantora que nos últimos anos tem percorrido caminhos musicais fora do fado, nas colaborações com os Rolling Stones ou Prince.

«Desfado» conta com a produção de Larry Klein, e com a colaboração de nomes como Herbie Hancock, Manuel Cruz, Pedro da Silva Martins (Deolinda), Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda (Virgem Suta), Miguel Araújo, Luisa Sobral ou António Zambujo. Ao Myway, a fadista falou sobre as canções do novo álbum e sobre a experiência de gravar em Los Angeles.

Este novo disco é, segundo a fadista, um sentimento natural na sua carreira. “Este trabalho fazia sentido nesta altura porque é muito diferente dos discos anteriores e grande parte das pessoas não o vai identificar como sendo um disco de fado, mas faz parte da minha carreira”. E, nos últimos anos de estrada, “têm sido feitas de muitas colaborações com músicos de áreas completamente distantes do fado e, por isso, com este disco pretendo partilhar aquilo que tenho feito fora dos olhos e dos ouvidos das pessoas que me têm seguido”.
A cantora entende que a nova popularidade do fado, principalmente junto dos mais jovens, se deve ao um conjunto de situações. “Principalmente, por existir uma nova geração que escolhe poemas com que estas novas gerações se identificam mais facilmente” e, por isso, “estes novos produtores, músicos também abordam o fado de uma forma mais contemporânea devido às várias influências. Assim, é normal que esta nova geração se identifique com alguma facilidade”.

Ana Moura não tem dúvidas que não é fácil descrever o fado. “É um estado de alma do intérprete que o canta dos músicos e, quando se fala de fado, fala-se de sentimentos e do que nos vai na alma”.
O segredo do seu sucesso, garante, poderá ficar a dever-se à sua entrega ao trabalho.

Ana Moura nasceu em Santarém em 1979 e lançou o seu primeiro disco, em 2003.

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