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Espaço t espera 100 mil euros do Estado para “tapar buraco financeiro”

O presidente e fundador do Espaço t, Jorge Oliveira, disse ontem estar à espera de um subsídio estatal de 100 mil euros para “tapar o buraco financeiro” da instituição, no valor de 200 mil euros.
Durante a apresentação da nova campanha do Espaço t — Associação para o Apoio à Integração Social e Comunitária, Jorge Oliveira disse à agência Lusa que “o processo de reestruturação financeira é difícil e não está ainda concluído”.

“Falta que o Estado nos dê um subsídio que pedimos há 15 dias de 100 mil euros”, explicou. “É necessário tapar o buraco financeiro de 200 mil euros, fruto das coisas que fomos obrigados a fazer”, acrescentou.
Depois de em 2012 – ano em que o Espaço t celebrou 18 anos – o Estado ter “penalizado” a associação com “300 mil euros”, Jorge Oliveira defende que seria “ridículo” fechar portas.
“O Espaço t não morreu, contrariando as expectativas de muita gente”, afirmou.
Em junho do ano passado, o Espaço t enviou uma carta aberta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pedindo, com “absoluta emergência”, o desbloqueio do fundo de socorro social, aprovado pela Segurança Social do Porto e pelo Instituto de Segurança Social, em Lisboa.
“O Espaço t não tem por missão contribuir para o enriquecimento financeiro do Estado, mas ser um aliado na luta contra a exclusão social”, criticou na altura o presidente.
Em abril do mesmo ano, Jorge Oliveira apelou à doação de um euro à instituição particular de solidariedade social para poder pagar uma dívida de 150 mil euros e prosseguir o combate à exclusão social.
Um mês depois, em maio de 2012, a associação lançou uma petição para levar a Assembleia da República para debater alterações à legislação das IPSS, nomeadamente no que toca ao pagamento de juros, que estavam a comprometer o futuro da instituição.
Jorge Oliveira assegurou hoje que este ano o Estado “tem apoiado de outra maneira”, continuando a ser dependente deste.
“Temos conseguido reequilibrar com algum trabalho de sustentabilidade”, afirmou Jorge Oliveira.
Para o presidente e fundador do Espaço t, reduzir custos foi “o mais importante”.
“Se os doentes mentais estão ocupados fazem menos medicação e gasta-se menos dinheiro”, explicou Jorge Oliveira, que falava após o Espaço t apresentar a campanha “Rostos do Espaço t”, que conta com 21 embaixadores.
A iniciativa consiste na venda do “Passaporte da Felicidade”, onde se poderá “medir a felicidade”, registando momentos ou testemunhos, criando “um mundo paralelo”.
Os passaportes estarão à venda durante todo o ano por um euro e o objetivo será “criar receitas”.
O presidente garantiu “parar” apenas quando conseguir vender “500 milhões de passaportes”.
O Espaço t promove a inclusão social através da arte, integra quatro espaços, três no Porto e um na Trofa, e trabalha atualmente com 500 utentes.
Lusa

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