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Suíça vence Festival Eurovisão da Canção. Portugal fica em 10.º lugar

O cantor Nemo, da Suíça, venceu o Festival Eurovisão da Canção com "The Code". É a terceira vez que o país vence a competição. A atuação de Iolanda por Portugal com "Grito" valeu-lhe o 10º lugar na classificação do festival.

Numa edição marcada pela polémica participação da delegação de Israel e pela “expulsão” do representante dos Países Baixos, a Suíça ganhou o 68.º Festival Eurovisão da Canção, que terminou há pouco na cidade sueca de Malmo. Iolanda termina em 10º lugar, uma das melhores classificações de sempre de Portugal no mítico concurso da Eurovisão.
Nemo, de 24 anos de idade, interpretou” The Code”, da qual é também coautor, e arrebatou a vitória com 591 pontos, dos quais 365 pontos dos jurados nacionais e 226 do televoto. Seguiu-se, na classificação final, a Croácia com 547 pontos e a Ucrânia com 453. O top 10 ficou completo com França (4.º lugar), Israel (5.º), Irlanda (6.º), Itália (7.º), Arménia (8.º), Suécia (9.º) e Portugal (10.º).
Esta é a terceira vitória da Suíça na Eurovisão, depois de Lys Assia em 1956 e Céline Dion em 1988.

 

Portugal foi representada pela canção “Grito”, interpretada por Iolanda, que alcançou o 10.º lugar com 152 pontos, dos quais 13 do televoto e 139 do júri. De destacar os pontos vindos de 24 júris nacionais, concretamente 12 pontos dos jurados do Reino Unido, Croácia e França, 10 do júri da Arménia, 8 dos jurados da Eslovénia, Países Baixos e Lituânia, 7 pontos dos jurados da Suíça, 6 da Grécia e Polónia, 5 de São Marino, Albânia e Irlanda, 4 da Geórgia, Moldávia, Islândia e Suécia, 3 pontos da Ucrânia, Luxemburgo, Chéquia, Israel, Espanha e, finalmente, 1 ponto dos jurados da Letónia e de Malta. Esta é a terceira melhor classificação de Portugal neste século, depois do 1.º lugar de Salvador Sobral em 2017 e o 9.º lugar de Maro em 2022.

Festa aparte, esta edição ficou marcada pela desclassificação do representante dos Países Baixos. O cantor Joost Klein, que tinha sido apurado na semifinal 2 para a final do Festival da Eurovisão, foi, esta manhã, suspenso pela organização não permitindo, assim, que continuasse na competição. A União Europeia de Radiodifusão (UER/EBU) afirmou, em comunicado, que está a investigar um incidente que terá decorrido nos bastidores. “A polícia está a investigar uma reclamação feita por um membro feminino da produção após um incidente que terá decorrido após a semifinal de quinta-feira passada. Enquanto decorre o processo legal, não será apropriado para Joost Klein continuar no concurso”, conclui a UER/EBU. Contudo, a estação de televisão holandesa não concorda com a decisão: “A AVROTROS entende que a desqualificação é desproporcionada e chocante. Lamentamos a decisão e iremos voltar a este assunto”, lê-se no comunicado. Esta desclassificação não deixou indiferente vários outros artistas, que protestaram durante os ensaios desta tarde.

Mas esta não é a única polémica que marcou esta edição. Apesar de se intitular um evento que não é político, desde que foi anunciada a participação de Israel iniciou-se uma onda de críticas, por conta do conflito que está neste momento a acontecer em Gaza. Em Malmo foram várias as manifestações, a última das quais encheu a praça central Kompanigatan. Ainda assim, Israel passou à grande final com a jovem artista Eden Golan a ser bastante apupada, tanto no ensaio geral como nos diretos televisivos. As mensagens de Paz no mundo foram discretamente marcadas pelos artistas: uma das vozes que mais se destacaram no apelo foi a da representante portuguesa, Iolanda, que no final da atuação desta noite afirmou em inglês alto e bom som: “A Paz irá prevalecer”. Outra artista portuguesa, Mimicat (representante em 2023) também não ficou indiferente, apelando à Paz no momento que anunciou o voto do júri nacional.

Texto: N. Costa
Foto: EBU (Corinne Cumming)

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