Cultura

Correntes d’Escritas junta 3 continentes numa reflexão literária e política

Até ao próximo sábado

Vivemos um luto cívico, como se velássemos a democracia” afirmou o escritorItamar Vieira Júnior esta tarde, perante a plateia esgotada do Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim, onde, até ao próximo sábado, 23 de fevereiro, decorre a 20ª edição do Correntes d’Escritas. Uma reflexão que o autor de Torto Arado, Prémio Leya 2018, partilhou sobre a atualidade política do Brasil e também como um manifesto sobre a história do seu país. Além de Itamar, a mesa juntou escritores de 3 continentes, propondo, como ponto de partida e na celebração do centenário do seu nascimento, um verso de Sophia de Mello Breyner, “Tão nítido e preciso era o vazio”: Gonçalo M. Tavares, um dos mais notáveis, premiados e prolíferos autores portugueses; Frank Báez, destacado poeta e cronista da República Dominicana; Mbate Pedro, nome proeminente na nova geração de poetas moçambicanos; e Sérgio Ramirez, um dos maiores escritores da Nicarágua, Prémio Cervantes 2017.
Destaque central nesta edição do Correntes d’Escritas, que lhe dedicou o dossiê e a capa do nº 18 da sua revista, a brasileira Nélida Piñon lançou hoje o seu mais recente livro, Uma Furtiva Lágrima, numa conversa com José Carlos de Vasconcelos e Leonor Xavier, seguida de uma sessão de autógrafos que decorre há quase duas horas. Até ao final do dia o Cine-Teatro Garrett recebe ainda Pilar del Río e Ignácio de Loyola Brandão, numa mesa moderada por Valter Hugo Mãe, sob o mote “Porque os outros se calam mas tu não”.
Depois dos concertos de ontem com a fadista Aldina Duarte e a estreia do projecto especial que juntou a cantora galega Uxía, aos músicos Mû Mbana  (Guiné Bissau) e Sérgio Tannus (Brasil), hoje o momento musical cabe a Tó Trips e Tiago Gomes, acompanhados pelo vídeo-bit de Raquel Castro, a partir da obra homónima de Jack Kerouac. Amanhã, entre debates e lançamentos, a música volta a estar em destaque, numa conversa que junta Aldina Duarte, Amélia Muge, Mafalda Veiga,Mû Mbana e Uxía, com moderação de Francisco José Viegas, a partir de mais um verso de Sophia, “Não te ofenderei com poemas”.

 

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