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Fernando Pereira celebra 30 anos de carreira

Quisemos conhecê-lo na primeira pessoa. A entrevista foi cativante, junto de alguém que, ao longo de vários anos, tem encarnado personagens da cena musical, nacional e internacional. Tornou-se cantor profissional em 1982, e, ao fim de todos estes anos, continua a ter a capacidade de imitar as vozes dos mais variados cantores, sejam eles homens ou mulheres, portugueses ou estrangeiros.
Fernando José Venâncio Pereira, nasceu em Lisboa a 14 de Março de 1959, no seio de uma família tradicional alentejana. Ao fim de 30 de carreira, “têm sido francamente mais as vezes que percorri por gosto o mundo do que por obrigação” e, apesar de ser uma “grande loucura a felicidade de três décadas a cantar é muita. Foram cerca de 3 mil e 500 vezes que pisei o palco”.

Já imitou as melhores vozes do mundo, sente orgulho em dizer que é português, mas considera-se um cidadão do mundo, devido ao número de países em que já actuou. A sua vida tem sido sempre os palcos. “Eu sempre quis fazer isto, mesmo sem saber. Já nasci praticamente a cantar e a imitar sons e vozes, junto de uma família muito ligada à música e ao canto”.

Numa conversa, sem pressas nem reservas, revela que o público nunca o abandonou, mas também tem a certeza que não tem concorrentes em Portugal, pois, para “fazer o que eu faço, as pessoas têm que ter uma condição genética que permita fazê-lo”. Garante que é fácil encontrar vários cantores de diferentes expressões musicais, em Portugal, o mesmo não se pode dizer num espectáculo e numa área como a sua. “Sou único a fazer este espectáculo em Portugal. Não tenho concorrentes. É uma forma de estar solitária pela forma original, que é um caminho que tenho que percorrer sozinho”.

Viajando no tempo, recordou os cerca de 170 espectáculos que fez durante vários anos. “Isso foi possível só nessa época. Hoje, seria totalmente impossível, mesmo que começasse agora a minha carreira, pois era altura de muito dinheiro e foi um período fabuloso”.

“Não tenho concorrentes”

Para Fernando Pereira ainda existe muita confusão com a palavra imitação, pois considera que existe ainda uma certa confusão com a “terminologia da palavra, pois a imitação é por si uma palavra dúbia. Personificação é, na sua opinião, a palavra correcta para definir da sua melhor forma o seu estilo de arte “tal e qual como nos países de língua inglesa”. E, por ser difícil, “não encontramos muitas pessoas a fazer imitações de cantores, homens ou mulheres, pois é difícil de encontrar” e, felizmente ou infelizmente, a tecnologia hoje permite muita coisa”. Por isso, não tem dúvidas que a pessoa que mais gosta de imitar é mesmo o Fernando Pereira, já que é graças à sua voz que consegue fazer todas as outras.
Nesta entrevista falou ainda do dia em que tirou o bigode. “Usei bigode desde que me conheço enquanto pensante e, no dia em que o decidi retirar, olhei-me no espelho odiei-me ver sem bigode, senti-me despedido, ao ponto de o querer colar todo para poder voltar a sair à rua” (risos). Mas, hoje, “gosto da imagem que tenho”.

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One Comment

  1. Pena ter nascido em Portugal. Os de fora é que são os melhores para os Portugueses. Mentalidade mediocre!!!!!!! Parabéns pela reportagem.

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