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Coliseu esgotou para ouvir Dulce Pontes (Vídeo)

O Coliseu do Porto teve lotação esgotada para assistir ao regresso tão esperado de Dulce Pontes. Afastada dos palcos portugueses há vários anos, a artista não escondeu a emoção de poder voltar à cidade e ao palco onde já não cantava desde 1995. “Voltar ao Coliseu do Porto tem um sabor a abraço, amor e verdade, tem sabor a saudade”. Foi desta forma que Dulce Pontes revelou este tão aguardado regresso a uma das melhores salas de espectáculos do Porto.
Os autocarros parados junto ao Coliseu não deixavam grandes dúvidas de que as pessoas vinham de vários pontos do pais. Pouco depois da hora marcada, a cantora entra em palco e é recebida num mar de aplausos que logo agradece: “boa noite Porto…obrigado por terem vindo”.
Nunca disfarçando algum nervosismo, quando começou a interpretar sentada ao piano “barquinha”, acompanhada pela flauta e um violoncelo, enquanto caiam bolas de sabão que se misturavam com uma luz azul forte que era projectada no palco.

Só ao fim das primeiras músicas tocadas ao piano é que o público entrou verdadeiramente no estilo da cantora. Aplaudida de pé várias vezes Dulce Pontes agradeceu os aplausos e soltou várias vezes beijos de vento agradecendo o carinho que ali era demonstrado. Cantou descalça durante todo o espectáculo e viajou pelos seus 25 anos de carreira, um percurso musical que a tem levado além fronteiras e que lhe tem permitido conquistar vários prémios. A artista cantou, dançou e interagiu sempre com o público desafiando-o a cantar e a dançar.

A artista mudou o seu visual em pleno palco várias vezes. Transformou o vestido comprido em curto, fez uma trança no cadelo que lhe permitiu cantar e dançar comodamente e no fim voltou a soltar o seu longo cabelo.

Dulce Pontes cantou em português e em espanhol e o público pediu canções como Laurindinha, Canção do Mar, Lágrima, Amor a Portugal, Índios da Meia Praia e no meio da plateia alguem pedia “cante a canção do Festival”. Tratou-se de um espectáculo de um grande «Amor a Portugal» canção que deixou a cantora de lágrimas no rosto.

Recorde-se que Dulce Pontes foi eleita em Espanha, em 2014, a Melhor Solista Feminina Latina, à frente das cubanas Célia Cruz e Gloria Estefan. Também este ano a cantora recebeu, em Itália, o Prémio Tenco, que distingue um intérprete ou criador na área da canção de autor.
Empurrada pela sua participação no Festival da Eurovisão, Dulce Pontes tem construído uma carreira equilibrada entre temas inéditos, a modernização do fado e a recuperação de canções tradicionais portuguesas.

Já nos anos 90, destacou-se pela versão do clássico de Amália, «Canção do Mar». Em 1996, a sua voz chega a Hollywood no filme «Raíz do Medo» e estendeu-se por colaborações como a com Ennio Morricone, compositor dos westerns de Sérgio Leone.

O novo disco da cantora sairá para o mercado nos próximos dias.

Texto: António Gomes Costa
Foto: Hugo Viegas

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5 Comments

  1. Tanto que eu saltei,dancei e até chorei. Ainda dizem que não somos os melhores. grande Dulce. AMEI MESMO. pena ter sido só um. Voltava a ver…

  2. Eu tive a honra de estar presente, no Coliseu do Porto, a ver e ouvir, a NOSSA DULCE PONTES, que para mim, e muitos mais portugueses, a melhor voz portuguesa da actualidade. E o concerto, foi simplesmente MEMORÁVEL. É somente lamentável, que os nossos orgãos de comunicação social, sejam eles, da televisão, rádio (excepto a Antena 1), jornais e outros, não tivessem dado o devido relevo, que esta fantástica cantora, que é só a voz portuguesa, que mais ouvida e requisitada, por toda a Europa e pelo mundo, aqui nio país dela e nosso, não lhe dêem a atenção que ela e nós merecemos, pois se queremos saber algo sobre a vida profissional dela, teremos que recorrer à página dela no facebook. Será que ela incomoda algumas pessoas, que têm poder neste país? Dá-me a impressão que sim.

  3. Eu também la estive e gostei muito. Não concordo com o sr. Jose quando fala na imprensa e destaca principalmente a antena 1. E os outros que falaram antes e depois? Temos um brilhante artigo e video na AIR informação. Entendo é que a Dulce durante algum tempo também recusou determinados programas de televisao, entrevistas e isso poderá ter sido um dos motivos. Digo isto porque já li num jornal algo em que se falou do assunto.

  4. Felizmente, estive no Coliseu. Um show fantástico, que nos deu a conhecer a Dulce Pontes dos últimos tempos. Tem uma Voz excecional, a pender para o lírico e é uma Artista versátil. Tocar piano e cantar não é para qualquer uma e, muito menos, para qualquer uma. Dançar, também não é qualquer Artista que o faz.Tem um reportório variado e tem Temas de uma beleza extraordinária. Realmente, lamento que a Dulce Pontes não venha mais vezes a Portugal, sobretudo ao Porto (até mora em Bragança…). E a televisão, não poderia presentear-nos com um espetáculo da Dulce Pontes? Sei que vai já de seguida para Itália, para se apresentar em 20 shows. É natural que a Dulce Pontes recuse atuar se não está de acordo com o que lhe oferecem. Uma Artista do calibre dela terá exigências, obviamente. Acontece sempre assim: ou se pertence a um Grupo… ou tem de se fazer a vida lá fora. Mas a Dulce Pontes constatou como é desejada e admirada. Esgotaram-se os dois espetáculos em Lisboa e o grande Coliseu do Porto esgotou, também. Bem haja, Dulce, e volte depressa!

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