Sociedade
Câmara do Porto alarga rastreio nos lares a instituições para cidadãos com deficiência e sem abrigo
A autarquia prevê concluir este trabalho "até final desta semana”.
A Câmara do Porto decidiu alargar o rastreio nos lares a instituições para cidadãos com deficiência e sem abrigo. Numa nota enviada às redações, o município revela que além das 3500 pessoas que já foram testadas nos lares da cidade e do programa continuar por mais alguns dias, até todos estarem rastreados, a Câmara do Porto, com o apoio dos Agrupamentos de Saúde da cidade, “estendeu a ação às instituições dedicadas a cidadãos com deficiência e a pessoas em situação de sem abrigo, estando prevista a conclusão desta iniciativa até final desta semana”.
O rastreio completo aos lares da cidade inclui “todos os utentes e funcionários, independentemente de qualquer cadeia de contágio conhecida e de apresentarem ou não sintomas e inclui soluções de retaguarda para acolher os idosos que deixem de poder contar com o lar onde estavam”. Trata-se de um programa “único até ao momento em Portugal, pela sua dimensão e testagem sistemática, e já rastreou mais de 3500 pessoas”.
A Câmara do Porto esclarece que “várias instituições que tratam de cidadãos com deficiência pediram ao município para também serem alvo de testes, que começaram no passado dia 14 e já rastrearam mais de 230 pessoas, entre os quais algumas em situação de sem-abrigo”.
A Câmara criou unidades de retaguarda para os idosos que deixem de possuir condições nos seus lares, mas também estendeu a capacidade do seu centro para pessoas em situação de sem-abrigo no antigo Hospital Joaquim Urbano, onde pode agora acolher mais do dobro do que acontecia anteriormente. “O rastreio agora promovido a estes cidadãos inclui outros albergues existentes na cidade e visa identificar casos positivos, descontinuando cadeias de contacto e proteger as unidades que os acolhem de possíveis infeções sistémicas”.
O programa de rastreio municipal foi lançado “graças à disponibilização por parte da Fundação Fosun (Xangai) de cinco mil testes PCR para COVID-19, doados através da portuguesa Gestifute e conta com o apoio do Hospital de São João e o trabalho de campo dos centros de saúde da cidade e das autoridades de saúde locais”, refere o mesmo comunicado.