Sociedade
Passadiços de Esmoriz: “limpeza é urgente e necessária”
Os passadiços da barrinha de Esmoriz, no concelho de Ovar, revelam um tesouro natural adormecido, fustigado durante anos com poluição, e que agora ressuscita para uma nova vida. As equipas de limpeza urbana mantiveram-se sempre a trabalhar, mas, nos locais mais distantes das objetivas da imprensa, as imagens mostram como certos cuidados foram negligenciados. Dois meses e meio após o primeiro caso de covid-19 em Portugal e mais de um mês após o fim do cerco sanitário em Ovar, os espaços verdes de gestão municipal “deveriam estar a dar o exemplo aos restantes proprietários de terrenos no que concerne à limpeza de matas e florestas”, cujo prazo termina, já com prolongamento devido à pandemia, no próximo domingo, refere Fernanda Castro, habitante da cidade de Esmoriz, à Agência de Informação Norte.
“Independentemente de prazos a limpeza é urgente e necessária neste espaço”, pois o calor não se rege por calendários oficiais e, no arranque da semana para a qual já há muito se preveem elevadas temperaturas, a limpeza de espaços verdes é “imperativa para se evitarem fogos e não mais se repetirem os catastróficos incêndios que ainda em 2017 custaram mais vidas a Pedrogão Grande do que as que Ovar perdeu para a covid-19”, remata esta residente.
Aurélio Gomes, Presidente do Núcleo do CDS de Esmoriz dá conta nas redes sociais daquela que considera ser “a triste realidade dos passadiços de Esmoriz. Pergunto-me como é possível autarcas há 10 anos não perceberem que tudo o que se passa em Esmoriz deve ter o acompanhamento e a intervenção da Junta de Freguesia”, refere
O bom tempo dos últimos dias levou a que muitas pessoas percorressem os oito quilómetros de passadiços que circundam a maior zona lagunar do norte do país, com quase 400 hectares, entre os concelhos de Ovar e de Espinho. Muitos eram aqueles que se desviavam em determinados locais do “amontoar de ervas” que invadem grande parte deste local de passagem.
A barrinha de Esmoriz/lagoa de Paramos espreguiça-se por todos os cantos e rega as tábuas de madeira que agora são um caminho apetecido pelos que apreciam a natureza no seu esplendor. Os que passeiam, os que correm, os que andam de bicicleta.