Sociedade

Câmara de Lamego quer exposição a marcar o início da relação com Serralves

O presidente da Câmara Municipal de Lamego disse hoje à agência Lusa que quer uma exposição moderna da Fundação de Serralves num lugar histórico da cidade para assinalar o início da relação entre as duas instituições.

“Irei propor, numa primeira abordagem, que possamos fazer uma exposição de arte moderna durante todo o verão num espaço tradicional e histórico, ou seja, no Castelo ou na Cisterna, num espaço medieval, para forçar o contraste”, explicou Francisco Lopes.

Isto “para que as pessoas que já visitam o espaço por si possam ter uma perspetiva de uma nova abordagem cultural, num espaço antigo, com arte moderna”.

Durante este mês, vão decorrer “as primeiras reuniões técnicas” com o objetivo de definir e começar a organizar o primeiro evento, “possivelmente para este verão, se não houver qualquer impedimento” por causa da pandemia de covid-19.

Esta exposição será o primeiro evento com “a marca Serralves” e acontece porque a Câmara de Lamego “tornou-se membro fundador da Fundação de Serralves” em dezembro de 2021.

À semelhança do já acontece com outros municípios e instituições, também “a autarquia lamecense pediu para ser membro”, tendo em conta os projetos estudados pelo executivo.

“Do que vimos nos outros municípios, percebemos que há um pouco de tudo, de vários tipos de experiências, mas todas elas nos pareceram bastante positivas para os diversos territórios”, contou.

O presidente explicou que como contrapartida “a Câmara tem de pagar 100.000 euros, que podem ser pagos em quatro anos, ou seja, 25.000 por ano, o que facilita as autarquias de menor dimensão”, como a de Lamego.

O autarca explicou que “há ainda a possibilidade de arranjar mecenas” e, após os primeiros quatro anos, “a autarquia fica obrigada a pagar os custos de deslocação dos eventos”.

“A Cultura é cara como sabemos e, portanto, não é um custo relevante, principalmente se compararmos com outros eventos como, por exemplo, a Romaria da Senhora dos Remédios, que custa mais de 400.000 euros por ano”, exemplificou.

No entender do autarca, “vai ser muito fácil fazer um evento muito bem-sucedido, com o selo de qualidade de Serralves, que vai ajudar a alargar um bocadinho os horizontes culturais para outras áreas mais modernas e inovadoras”, e isso “é importante para os lamecenses e para atrair turistas”.

Francisco Lopes contou que a assinatura deste protocolo de cooperação “obriga à realização de um evento anual, com o selo da Fundação de Serralves, no concelho de Lamego”.

Para o futuro, o autarca disse que esta cooperação “seduz muito Lamego, porque o concelho tem potencial histórico e ambiental que pode associar às áreas de intervenção de Serralves, assim como cinema”.
A título de exemplo, Francisco Lopes apontou o Parque Biológico na Serra das Meadas, que “pode beneficiar muito com uma visão diferente desta pedagogia ambiental que se faz em Serralves, com as escolas e públicos mais urbanos e diferenciados”.

IYN // SSS

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