Cultura

Segunda etapa do fimp’24 promete ‘agitação infanto-juvenil’ de 15 e 17 de outubro

Após a ausência marcante de “Géologie de une fable”, da companhia do Líbano Collectif Kahraba, do humanismo de Kim Noble, tecido em humor sarcástico e imerso em ternura (e outras coisas mais) em “Lullaby for Scavengers”, a alegoria, por via da salsicha enquanto protagonista, ao Capitalismo Selvagem em “Capital Canibal”, a cargo da Sonoscopia e do Teatro de Ferro e “Aruna e a Arte de Bordar Inícios”, bem como o regresso aos palcos de “Jardineiro Imaginário”, pelas Marionetas do Porto, sublinharam os motivos de interesse do fimp’24 na primeira fase da programação.

Na calha para entrarem em palco nesta segunda fase estão já: “Sangue Suor e Picos”, peça que é o resultado artístico da partilha criativa entre as companhias alentejanas Alma d’Arame (Montemor-o-Novo) e Baal 17 (Serpa). Trata-se de uma espécie de Western com música ao vivo e protagonizado por objetos bidimensionais, convida-se o público a redescobrir os códigos do cinema de género e dos teatros de papel. As apresentações decorrem no dia 15 de outubro, terça-feira, às 15h00 e às 19h30, no Rivoli – Teatro Municipal, refere a organização em nota de imprensa..

Por seu turno, “Quimeras e Odisseias”, peça que é fruto do labor da parelha constituída para o efeito pelas Comédias do Minho e Teatro de Ferro, versa numa jornada de cruzamento de linguagens o universo do cinema, do teatro e da literatura. Uma quimera e/ou uma odisseia, conforme a preferência, que será feita de livros, vozes, corpos, câmaras, projetores, pequenos cenários e figuras animadas, bem como de muita imaginação. A apresentação única decorrerá no CCOP – Círculo Católico de Operários do Porto, às 21h30, de terça-feira, dia 15 de outubro.

“Dura Dita Dura”, tal como o título insinua, é uma peça sobre o “meio século comido peça traça”, como canta Sérgio Godinho no álbum à Queima-Roupa (música “De Coração e Raça”), ou seja, é sobre o regime de surdina a que Portugal esteve submetido e que importa mostrar às gerações mais precoces e quiçá relembrar também com fervor e teimosia às mais crescidas o que foi em termos históricos esse [nefasto] período a partir do olhar de uma criança. As apresentações decorrem nos dias 16 e 17 de outubro, quarta e quinta-feira, no dia 16 às 15h00 a sessão decorre com direito a Língua Gestual Portuguesa e no dia 17, quinta-feira, a sessão está marcada para as 19h00, no Teatro Carlos Alberto.

“Dramas Curtos em Miniatura” é uma proposta em estreia absoluta da companhia lisboeta A Tarumba – Teatro de Marionetas. Trata-se de um espetáculo construído a partir de algumas micro-peças tendo por base a inspiração nos textos de Edward Gordon Craig (conhecido pela teoria da Úber-Marionette ou a Super-Marioneta) que decorrem numa atmosfera tropical e surrealista, em que outros autores vão intervir, numa narrativa de histórias sem sentido, para tentar descobrir o sentido do mundo, qual cadavre exquis, marca habitual no trabalho da Tarumba. A apresentação deste trabalho decorre em dois dias, 16 e 17, quarta e quinta-feira, às 21h00, no Teatro de Belomonte.

No cardápio que antecipa o final de semana teremos “Palomar”, da companhia Pensée Visible, é uma sugestão artística de Raquel Silva, a criadora portuguesa que tendo desenvolvido trabalho no Porto, está há muitos anos no estrangeiro, primeiro em Itália e depois em França, onde reside. Desta feita, a artista traz a sua companhia ao fimp’24 para mostrar “Palomar”, a partir de Italo Calvino. Uma viagem poética e divertida que começa pelo olhar e penetra progressivamente no mais profundo do espírito! A demanda pela sabedoria consagrada na narrativa cénico-dramatúrgica vai agradar por certo aos espetadores. As sessões de apresentação decorrem nos dias 17 de outubro, quinta-feira às 15h00 e sexta-feira, 18, às 19h30, no Auditório Isabel Alves Costa, no Rivoli – Teatro Municipal.

 

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