Destaque

De cabelos brancos ou não, todos mudam de vida em Ílhavo

Em Ílhavo, a mudança sobe ao palco com cabelos brancos ao vento e juventude em movimento. Sob o mote “Mudar de Vida”, o festival estende-se por seis espaços culturais e comunitários, com mais de 30 iniciativas protagonizadas por mais de 300 artistas e formadores, dos 10 aos 90 anos. Durante vários dias, o Jardim Henriqueta Maia, a Casa da Cultura e a Sala Estúdio Cinema tornam-se lugares de encontro, transformação e celebração intergeracional.

O Festival Cabelos Brancos regressa a Ílhavo nos dias 25 e 26 de julho, com mais de 300 pessoas envolvidas, entre músicos, cantores, dançarinos

Sob o tema “Mudar de Vida”, o festival estende-se por seis espaços de programação – o Palco Henriqueta Maia, a Quinta Joana Maluca, o Palco Horácio da Velha e o Palco Hipólito Andrade, todos localizados no Jardim Henriqueta Maia, bem como a Casa da Cultura de Ílhavo e a Sala estúdio cinema. Nestes locais, terão lugar mais de 30 iniciativas protagonizadas por mais de 300 artistas e formadores, com idades compreendidas entre os 10 e os 90 anos.

O Palco Henriqueta Maia é reservado aos grandes concertos. Na noite de sexta-feira, Ágata convida a dançar; no sábado, o palco recebe o poderoso “Kind of Magic”, um tributo aos Queen, que recria em palco a energia e o carisma de Freddie Mercury.

No Palco Hipólito Andrade, concentram-se algumas das performances mais marcantes do festival. Na noite de sexta-feira, entra em ação o “Coro Memória”, um coletivo de 55 pessoas que, através da música, partilham os seus anseios, fragilidades e desejos de mudança. No sábado, o mesmo espaço recebe uma “jam session”, com os músicos Guilherme Fradinho e Fausto Andrezo, acompanhados por tricotadeiras locais, e ainda o encontro “Vamos Falar de Coragem (e de Medo Também)”, com Zita Leal e Pedro Tróia. Um dos momentos mais surpreendentes do festival acontece também neste palco: a oficina “Vem Bordar com Gisela João”, onde a reconhecida fadista troca os palcos pelas linhas e convida o público a bordar com ela. Ainda neste palco, decorrerá a “Hora do Fado”, com os fadistas António Machaco e Édena Costa, acompanhados por João Mário Grave e Horácio Labrincha, encerrando o dia com tradição.

Na Sala Estúdio Cinema será exibido o filme “Vitória”, com a atriz Fernanda Montenegro, que retrata a história de Nina, uma mulher de 80 anos que, sozinha, enfrenta e desmantela uma rede de tráfico. No sábado será apresentado o ciclo de curtas-metragens “O Tempo que Herdámos”, curtas-metragens realizadas por netos onde os protagonistas são os avós, contando com as obras “Memórias em tons de esquecimento”, de Pedro Gomes; “Não são favas, são feijocas” de Tânia Dinis; e “A reforma de Manuel Lima”, de Gonçalo Almeida. A sessão contará ainda com uma conversa com os realizadores, moderada por Helena Xavier, numa reflexão íntima e afetiva sobre o legado intergeracional e a memória.

A Quinta Joana Maluca assume-se como espaço de oficinas ambientais, experiências e partilha de saberes tradicionais. Ao longo dos dois dias, decorrem atividades que vão desde a demonstração de cães treinados para competição até oficinas sobre plantas, animais, sustentabilidade e gastronomia. Aqui, o público poderá ainda descobrir histórias de cães perdidos em aeroportos, aprender com os “Segredos Verdes” do Gabinete Técnico Florestal do Município de Ílhavo, provar insetos comestíveis, jogar com os avós e participar em oficinas criativas como “GoodBags”, sobre inovação e sustentabilidade.

Já o Palco Horácio da Velha acolhe dança e movimento. Aqui terá lugar o arraial “Olhaaa as Marchas!”, que assinala o encerramento da época do grupo Maiores no Movimento, e ainda uma aula de desporto para todos. Este palco convida o corpo a mexer, com alegria e inclusão, num registo de convívio e celebração coletiva.

Na Casa da Cultura de Ílhavo, o teatro e o cinema assumem o protagonismo. O espetáculo “Baião D’Oxigénio”, interpretado por João Baião e Cristina Oliveira, promete dois momentos únicos de expressão e empatia, cruzando humor e humanidade em palco.

O Jardim Henriqueta Maia acolhe a Feira de Iguarias, onde IPSS locais oferecem produtos e sabores regionais, e a “Sala Costura Criativa”, com sacas bordadas, eco-cadernos e pontos de sabedoria partilhados por algumas das melhores bordadeiras da região. Durante todo o festival, os participantes são, ainda, desafiados a criar uma coleção de selos, que são disponibilizados com a participação em atividades, como provar um inseto, tricotar um quadrado de lã, assistir a uma curta-metragem ou provar o bolo da Rosa, para se habilitarem a ganhar um saco de pano exclusivo “Cabelos Brancos”.

Com entrada livre em várias atividades e bilhetes disponíveis na Casa da Cultura de Ílhavo, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré e no posto de informação do festival, o evento reforça o compromisso de Ílhavo com uma longevidade participada.

Foto: DR

Tags
Show More

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Close