Entrevistas

Ivone Carneiro: “Com o título de Miss Portugal Suíça, abriram-se-me as portas para a Gala Final do Miss & Mrs Portugal”

Tem 23 anos, é natural de Santa Maria da Feira e vai representar Portugal no concurso internacional The Miss Globe 2025, que se realiza na Albânia. “Uma mulher que representa um país deve refletir respeito, responsabilidade, coragem e solidariedade”, afirmou Ivone Carneiro em declarações à Agência de Informação Norte, uma visão que leva consigo ao subir a passerelle de um dos mais prestigiados concursos de beleza do mundo.

Agência de Informação Norte – O que representa para si ter representado Portugal num concurso internacional como o The Miss Globe?
Ivone Carneiro –
Ter a oportunidade de representar Portugal no The Miss Globe 2025, na Albânia, é para mim um orgulho imenso e a concretização de um sonho de infância. Sinto-me feliz e grata por poder levar a nossa bandeira, partilhar a cultura portuguesa e mostrar ao mundo o que o nosso país tem de melhor. Quero dar sempre o meu melhor, por mim e por Portugal.

Como surgiu essa sua participação e coroação?
Em 2024 inscrevi-me no Miss Portugal Suíça, onde fui coroada com esse título. Essa conquista abriu-me as portas para participar no Miss & Mrs Portugal, onde tive a honra de ser distinguida como 3ª Dama. Pouco tempo depois, recebi o convite da organização para representar Portugal no The Miss Globe 2025, na Albânia, um convite que aceitei com enorme entusiasmo e sentido de responsabilidade.

Que expectativas tem da sua participação como concorrente no concurso internacional Miss Globe 2025, em outubro, na Albânia?
As minhas expectativas são muito positivas. Quero dar o meu melhor e aproveitar ao máximo o estágio de três semanas, que será uma experiência de grande aprendizagem e crescimento. Sei que a competição será exigente, com candidatas fortes de vários países, mas estou determinada a empenhar-me, superar desafios e conquistar o melhor resultado possível.

Como tem sido a sua preparação para o The Miss Globe? Existe uma rotina específica de treinos, formações, ensaios?
A minha preparação para o The Miss Globe tem sido como para o concurso que participei, a procura de roupas, patrocínios, sessões fotográficas e filmagens que irei levar comigo para a Albânia. Como estou de mudança da Suíça para Portugal não tenho conseguido fazer formações, tento em casa fazer muitas pesquisas e ensaios.

Há alguma causa social ou mensagem que queira levar consigo para Tirana, como representante de Portugal?
A causa social que levo comigo é a proteção e valorização dos animais, algo que sempre fez parte da minha vida. Para além disso, quero transmitir uma mensagem de esperança e motivação: nunca desistir dos sonhos, porque com dedicação, disciplina e trabalho é possível alcançar tudo.

A beleza é evidente, mas o que mais considera importante transmitir enquanto Miss?
Mais do que beleza, considero essencial transmitir valores humanos: autenticidade, empatia, humildade e confiança. Uma Miss deve ser inspiração, alguém que motive outras pessoas a acreditarem em si próprias e a lutarem pelos seus objetivos.

Que valores considera fundamentais numa mulher que representa um país?
Uma mulher que representa um país deve refletir respeito, responsabilidade, coragem e solidariedade. É importante que saiba honrar as suas raízes, valorizar a diversidade cultural e transmitir uma imagem positiva do seu povo com dignidade e orgulho.

Antes da coroação portuguesa como The Miss Globe, já tinha sido distinguida como terceira Dama da Gala Final Miss & Mrs Portugal 2025, realizada em Elvas. Qual foi o percurso até chegar a essa sua primeira distinção?
Com o título de Miss Portugal Suíça, abriram-se-me as portas para a Gala Final do Miss & Mrs Portugal, onde tive a honra de receber o título de 3ª Dama. Foi um momento muito especial, que marcou o início do meu percurso no mundo dos concursos de beleza e reforçou ainda mais a minha motivação para continuar a sonhar alto. 

“Aprendi que nada é impossível”

Já tinha o sonho de participar em concursos de beleza?
Sim, desde pequena sempre sonhei em participar em concursos de beleza. Sempre sonhei ser modelo e, por isso, conquistar o título de Miss Globe foi a concretização de um grande sonho. Sinto-me muito orgulhosa de tudo o que alcancei até aqui e grata por cada etapa desta caminhada.

O que tem aprendido com a experiência de ser reconhecida como ícone de beleza e de valores?
Aprendi que nada é impossível. Quando acreditamos em nós mesmos e lutamos com dedicação e perseverança, tudo pode tornar-se realidade. Para mim, o mais importante é nunca perder a essência, porque é isso que nos torna únicos e autênticos. A verdadeira beleza vem de dentro e é reflexo da nossa atitude e dos nossos valores.

Como lida com as pressões e os estereótipos associados ao mundo dos concursos de beleza?
Até agora tenho lidado bem. É natural sentir algum nervosismo em palco, mas encaro isso como algo positivo, porque mostra que me importo e quero dar o meu melhor. Além disso, ainda é tudo novo para mim, e acredito que com o tempo vou ganhando cada vez mais confiança.

Está no seu horizonte continuar ligada ao mundo da moda, das passerelles ou da imagem?
Sim, sempre foi o meu sonho em estar ligada ao mundo da moda. Agora com os títulos que ganhei até aqui espero ter a oportunidade de conseguir um dia poder trabalhar no mundo da moda e das passerelles.

E tem algum plano para seguir uma carreira ligada ao mundo da televisão ou da representação?
O meu grande plano realmente é mesmo desfilar porque é aí que me sinto bem e á vontade. Gostava muito de poder desfilar em várias passerelles pois é esse o meu sonho.

Que sonhos gostaria de concretizar nos próximos anos, dentro e fora do mundo dos concursos?
No mundo da moda, o meu grande sonho é ser modelo profissional e desfilar em diferentes passerelles, representando marcas e projetos que me inspirem. Fora dos concursos, o meu desejo é construir uma família, ter a minha própria casa e viver uma vida bonita e feliz, sempre ligada aos meus valores e à minha família, que é a minha base.

Tem 23 anos. Estuda? Está a fazer algum curso? Ou tenciona tirar algum curso superior?
Aos meus 18 anos concluí o meu curso de Hotelaria na Suíça, onde de momento eu trabalho como servente de mesa em um lar de idosos vai fazer 5 anos. Agora no início de setembro vou mudar-me para Portugal, ainda não tenho nada de concreto em mente, mas penso em tirar alguns cursos como por exemplo um curso profissional de maquiagem, um curso superior não tenciono em fazer pois o curso de hotelaria que tirei na Suíça já foi a pensar no meu futuro.
Depois irei mudar-me para Portugal, onde pretendo construir o meu futuro. Já tenho algumas ideias sobre o que fazer, mas ainda nada definido. Quero manter a mente aberta para novas oportunidades e, quem sabe, investir em formações ligadas à moda

Cresceu na Suíça… Como foi crescer nesse país enquanto jovem portuguesa?
Crescer fora de Portugal nem sempre foi fácil. No início, sem falar o idioma e sem conhecer ninguém, foi um grande desafio. Mas com o tempo fui-me adaptando, aprendendo e fazendo novas amizades. Não é simples crescer longe da nossa terra natal, mas sinto-me agradecida, porque a Suíça deu-me muitas oportunidades e ajudou-me a crescer como pessoa. Hoje levo comigo essa experiência, mas sinto que chegou o momento certo de regressar a Portugal e estou muito ansiosa por começar uma nova etapa na minha vida.

Apesar de viver há muitos anos na Suíça, sente-se fortemente ligada a Portugal? De que forma mantém essa ligação?
Sim, sem dúvida. Apesar de viver há 13 anos na Suíça, a minha ligação a Portugal sempre foi muito forte. Sempre que podia vinha passar férias, matar saudades da família, dos amigos e das nossas tradições. Eu acredito que só damos verdadeiro valor ao nosso país quando vivemos fora. A Suíça é um país incrível, pelo qual tenho muita gratidão, mas Portugal é a minha raiz, é onde nasci e onde me sinto verdadeiramente em casa.

Que memórias guarda da sua infância vivida em Lobão, Santa Maria da Feira, antes de ter ido para a Suíça?
Guardo memórias muito bonitas. Lembro-me dos jantares em família, de brincar com os meus primos, das amizades da escola, das idas à praia, de acampar e dos passeios com os meus pais e o meu irmão. Foi uma infância simples, mas muito feliz, da qual tenho imensas saudades.

“Gostava que as pessoas se lembrassem de mim como alguém autêntica”

 Está a planear regressar definitivamente a Portugal… O que motivou essa decisão?
O principal motivo foi a família. Sempre fui muito ligada aos meus pais, ao meu irmão e aos meus amigos de infância, e viver tão longe sempre foi difícil. Estar apenas 2 ou 3 semanas por ano em Portugal não era suficiente. Claro que viver no estrangeiro ensinou-me muito e sou grata por tudo o que conquistei na Suíça, mas é em Portugal que encontro aquilo que para mim é o mais importante: a família e o sentimento de pertença.

O que espera encontrar neste regresso a Portugal? Que planos tem para esta nova etapa?
Tenho consciência de que não será uma adaptação imediata e que vou precisar de algum tempo para me habituar novamente. Mas sinto-me confiante e feliz por regressar. Sou uma mulher trabalhadora, determinada e sem medos, por isso acredito que as oportunidades vão surgir no momento certo. Para já, quero viver esta etapa com otimismo e deixar que a vida me surpreenda.

A sua recente visita recente à Viagem Medieval foi muito partilhada nas redes sociais. Que significado teve para si esse momento?
Foi um momento de enorme alegria e orgulho. Cresci a visitar a Viagem Medieval e poder regressar agora, já com um novo percurso de vida e até ser reconhecida por pessoas da minha terra, foi muito especial. Ver os comentários de familiares, amigos e até de antigos professores deixou-me com o coração cheio. Foi sem dúvida um sonho e um símbolo da ligação profunda que tenho às minhas origens.

Como gostaria que as pessoas se lembrassem da Ivone Carneiro?
Gostava que as pessoas se lembrassem de mim como alguém autêntica, determinada e com um coração cheio de sonhos, mas também de valores. Quero ser recordada não só pelos títulos que conquistei, mas sobretudo pela forma como inspirei outras pessoas a acreditarem em si mesmas e a nunca desistirem, independentemente dos desafios.

Se pudesse deixar uma mensagem a todas as jovens portuguesas, especialmente as que vivem fora do país, qual seria?
Diria para nunca deixarem de acreditar no seu potencial. Ser portuguesa, dentro ou fora do país, é levar connosco a nossa cultura, a nossa força e a nossa identidade. Acreditem sempre em quem são, lutem pelos vossos sonhos com coragem e dedicação, e lembrem-se que cada passo, por mais pequeno que pareça, aproxima-nos daquilo que realmente desejamos.

Foto: DR

 

 

 

 

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