A 20.ª edição da Viagem Medieval da Feira atraiu ao longo de 12 dias cerca de 600 mil visitantes. O evento decorreu entre 27 de julho e 7 de agosto, em Terra de Santa Maria te recordou o reinado de D. Dinis, o “Lavrador” e “Poeta”.
“Subimos mais um degrau no nível cultural que pretendemos da Viagem Medieval”, afirmou Paulo Sérgio Pais, coordenador geral do evento. Durante os 12 dias, o Terreiro das Guimbras, nas margens do rio Cáster, foi palco de quatro espetáculos diários de grande formato, de acesso gratuito e dirigidos a diferentes públicos, que transmitiram uma mensagem forte e esclarecedora acerca do reinado de D. Dinis e da história de Portugal. Um trabalho em rede sem precedentes dos agentes locais, que veio reforçar a capacidade criativa e o orgulho de ser feirense.
“É sobretudo o território que sai desta Viagem Medieval com uma alma muito maior e mais forte”, considerou Joaquim Tavares, presidente da Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho, reafirmando que o estatuto e dimensão do evento devem-se à capacidade de envolver a população e todos os agentes locais. Espetáculos como “Dinis e Isabel”, “A Conspiração”, “O Legado” e “O Som da Guerra” são disso exemplo, assim como as áreas temáticas “O Milagre do Bosque”, “Banhos de S. Jorge”, “Era uma vez… D. Dinis”, “Estaleiro Naval” e “Castelo dos Tormentos”.
No ano em que celebrou 20 edições, as receitas de bilheteira da Viagem Medieval cresceram cerca de 15% e a organização viu concretizado o objetivo de harmonizar os fluxos de visitantes ao longo dos 12 dias, resultado da nova estratégia de bilheteira (entre 1,5€ e 4€), que permitiu a muitas pessoas visitar o evento a preços mais baixos nos dias em que, tradicionalmente, a afluência era menor.
Nesta edição, passaram pelo recinto cerca de 600 mil os visitantes, sendo que o número diário de visitas oscilou entre as 45 mil e as 60 mil, números claramente mais equilibrados quando comparados com edições anteriores.
A 20.ª edição também ficou marcada pelo nascimento de 67 infantes da Terra de Santa Maria, título simbólico atribuído a todos os bebés nascidos no Hospital de S. Sebastião durante o período da Viagem Medieval e que lhes confere acesso gratuito vitalício ao recinto do evento. “Estas crianças são a continuidade da portugalidade, do nosso país e das Terras de Santa Maria. Contamos com elas”, sublinhou Emídio Sousa, presidente da Câmara de Santa Maria da Feira. Para o autarca, “a Viagem Medieval é o evento que, com justiça, marca a agenda do País na primeira quinzena do mês de agosto”.
A próxima edição da Viagem Medieval ainda não tem data definida, mas será dedicada ao reinado de D. Afonso IV, conhecido como “O Bravo”, pelos diferentes conflitos armados que marcaram o seu reinado.
Fotos: Hugo Viegas
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