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“Praça da Alegria”: História de Sucesso em Espaço para a Diversidade

Programa da manhã da RTP é montra para  para as realizações e aspirações do Portugal profundo. Jorge Gabriel e Sónia Araújo são a cara deste mundo que “fascina”  

“A televisão sempre me fascinou”, partilhou Branca Luísa Sá, de Fornos, em Santa Maria da Feira, que três vezes por semana dirige-se ao Centro de Produção Norte da RTP, no Monte da Virgem, em Gaia, para assistir ao programa “Praça da Alegria”.
Quando sai do autocarro, na Avenida da República, sabe que ainda terá de caminhar cerca de um quilómetro para poder assistir ao “mundo mágico” que adora. Em especial, gosta de “falar com os artistas”, embora também aprecie o ser vista “pelo mundo”, o que – confessou – lhe aumenta o ego.
Sónia Araújo, que apresenta a “praça mais conhecida da televisão portuguesa” com Jorge Gabriel, vincou que nas suas manhãs dão espaço à “tradição”, ao mundo das aldeias e à “pessoa mais genuína que conseguimos encontrar no Portugal mais profundo”.
O apresentador sublinhou a “diversidade”, com nota de que o programa permite que “muitas pessoas sem acesso a televisão e que vivem distante de Lisboa” possam expor naqueles estúdios do Porto o que as move, nomeadamente “a arte que produzem”, “a dinâmica de outros costumes”, assim como profissões e ofícios que se julgava desaparecidos.
A “Praça da Alegria”, que teve a sua primeira emissão a 18 de Setembro de 1995, então apresentada por Manuel Luís Goucha e por Anabela Mota Ribeiro, é feita diariamente por cerca de 40 profissionais. Estreou recentemente um novo cenário e renovados conteúdos e alargou-se até às 13 horas.
Em cada dia, os apresentadores recebem documentação por via de email para poderem preparar a edição seguinte. Fazem-no, numa primeira fase, individualmente, e depois têm reuniões de preparação entre eles e com a produção.
Sónia Araújo salientou o desafio de “fazer diferente” num produto televisivo  de dimensão histórica, mas que  “sempre” premeia o telespectador com novidades, mostrando o que vai surgindo pelo país e até no estrangeiro.
“Uma das obrigações do serviço público de televisão é disponibilizar espaço para aqueles que não têm voz”, enfatizou Jorge Gabriel.  Acrescentou que o contacto diário de rua vivido pelos dois apresentadores mostra que o programa continua a unir as pessoas.
À provocação de que a Praça não entra nos gostos da malta nova, reconheceu que o seu público “é o da manhã, o mais envelhecido”. Assinalou que os estudos, “acessíveis a qualquer um” , dizem que, em termos sociais, é preferida pela “classe A”.
O apresentador opinou que a concorrência repete temas, reafirmando que “a diversidade” é o grande segredo e arma do seu programa. Atento às audiências, sentenciou, contudo, que aquela equipa não abdicará dos seus “critérios” para tentar conquistar mais telespectadores.
Ana Paula Fernandes, dos Carvalhos, assiste à Praça da Alegria também três vezes por semana. “É uma  lufada de ar fresco” na sua vida. Pode espreitar como se faz o mundo mágico da televisão e  ver ao vivo cantores e figuras públicas. “Acabamos por construir aqui uma outra família”, testemunhou a maiata Custódia Bastos, outra assistente no estúdio que se sente “parte do programa”.

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4 Comments

  1. É a minha companhia todas as manhãs. Gosto do estilo, dos assuntos debatidos e mostram na verdade o que os outros programas da manhã não revelam. Este programa não é de tragédias. Tenho pena de não ter tempo para ir assistir em direto pois deve ser uma maravilha.

  2. Eu pessoalmente não tenho paciência para ver este programa. Os temas são muito fracos e repetitivos, os convidados nada atraentes, as piadas são secas, aquele publico valha-me Deus. O programa parou no tempo. Os apresentadores também. Mil vezes a Cristina que sozinha da conta do recado.

  3. Não concordo. Acho a dupla perfeita. Tem que perceber que este programa destaca-se por ser diferente. É feito no Norte e felizmente que ele existe pois caso contrario seriamos esquecidos pelos outros canais.

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