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Banda espanhola Rarefolk encerra FIMUV com adrenalina dançável

Último concerto da 44.ª edição do festival de Santa Maria da Feira é sábado às 21h30

Com uma carreira de 30 anos e sete álbuns discográficos, o coletivo de Sevilha é reconhecido pela energia contagiante que imprime a cada concerto, pelo que o encerramento do 44.º FIMUV promete envolver adrenalina e não refrear movimentos de dança. Os Rarefolk nem sequer precisam de palavras para garantir ambiente de festa – recorrem apenas a um leque diverso de instrumentos com os quais combinam música de raiz tradicional com arranjos modernos e festivos. Elementos eletrónicos? Psicadélicos? Há desses e muitos mais.

“Rock”, “tradicional”, “celta”, “psicadélico”, “funk” e até “medieval” são alguns dos termos que se cruzam e fundem entre si para descrever a sonoridade própria da banda espanhola Rarefolk, cujo concerto encerra a 44.ª edição do FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. O espetáculo está marcado para as 21h30 do próximo sábado no Auditório do CiRAC – sala principal da associação que promove aquele que é um dos certames de música erudita com mais antiguidade e regularidade no país – e o palco caberá ao coletivo cuja carreira de 30 anos sempre foi marcada por instrumentais ricos e melodiosos, envolvendo desde guitarras e baixos até violinos, flautas e percussão.
O diretor artístico do FIMUV, Augusto Trindade, declara que a escolha dos Rarefolk para o fecho da edição de 2021 vai assegurar a esse momento “um tom mais festivo e otimista, gerando na plateia um entusiasmo mais descontraído com potencial para movimentos de dança”. O violinista e pedagogo realça, aliás, que a banda de Sevilha ainda recentemente lançou o seu sétimo álbum, cujos laivos eletrónicos conferem aos temas do grupo “uma vibração muito enérgica”. Essa característica ajuda a explicar que o disco “Psyderal” tenha sido nomeado para a categoria de “Mejor Álbum de Nuevas Músicas” nos MIN – Prémios da Música Independente.
Num depoimento para o FIMUV, os artistas da banda mostram-se ansiosos pelo concerto: “Estamos muito felizes por fazer parte da programação deste festival, quer pela qualidade artística que ele tem demonstrado ao longo dos anos, quer pela possibilidade de, pela primeira vez, tocarmos no Norte de Portugal e interpretarmos em terras lusas o nosso último trabalho discográfico”.
Se é verdade que “energia” e “diversão” são os atributos mais facilmente identificáveis na música dos Rarefolk, não menos certo é que a banda demonstra elevada técnica e complexidade nas suas composições. Assim se justifica uma versatilidade que o grupo tanto expressa no seu habitual estilo world music como em encomendas mais criteriosas para o Ballet Nacional de Espanha, que em 2020 lhes confiou a autoria e gravação da banda-sonora de “La Bella Otero”. Num e noutro caso, contudo, contemporaneidade e raízes são presenças constantes.
Após um percurso de três décadas por vários palcos do mundo, a maturidade dos Rarefolk adequa-se ao espírito do festival que o CiRAC realiza há 44 anos consecutivos, agora com o apoio da Direção-Geral das Artes, da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Tal como o FIMUV, também a banda se renova a cada atuação e, no concerto que apresenta pela primeira vez em Portugal o álbum “Psyderal”, a crítica especializada recomenda que a plateia esteja preparada para apreciar “paisagens estratosféricas com emoções suaves”, para assim melhor absorver “adrenalina convertida em dança”
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