Sociedade

Município de Gaia quer intervir na população reclusa através de cães ‘sem família’

Projeto «Pelos Dois» envolve um investimento municipal de 165 mil euros

A Câmara Municipal de Gaia pretende ser investidor social, através do cofinanciamento de 165 mil euros de um projeto que pretende desenvolver competências pessoais, sociais e emocionais nos reclusos, apostando na sua reabilitação, com recurso a cães ‘sem família’. O referido projeto foi submetido a candidatura, através do Programa Parcerias para o Impacto da Portugal Inovação Social, pela associação DTC Social.
Perante a elevada prevalência de perturbações psiquiátricas na população reclusa portuguesa – o que aumenta os fatores de risco de reincidência – e a sobrelotação dos Centros de Recolha Oficiais (CRO) de Animais Errantes, o projeto propõe reabilitar os reclusos dos estabelecimentos prisionais de Santa Cruz do Bispo (masculino), Izeda e Vale do Sousa, dando-lhes a responsabilidade de cuidar, educar e treinar cães. Em concreto, o projeto «Pelos Dois» envolverá um universo de 432 indivíduos e 432 cães do Centro de Reabilitação Animal de Gaia (ou associações de proteção animal locais). A iniciativa prevê a existência de alojamento para os animais nas instalações dos EP a cargo dos reclusos envolvidos no decorrer da intervenção, para que possam garantir, diariamente, o bem-estar dos cães alocados ao programa, treinando-os, ao mesmo tempo que estes são divulgados para adoção numa plataforma criada para esse efeito.
Com este projeto, os impactos para a sociedade serão notórios. Por um lado, no recluso, permitirá promover a saúde mental e investir no desenvolvimento pessoal e social, capacitando-o e dando-lhe uma ocupação de tempo livre estruturante, educativa e útil. Por outro lado, através dos treinos básicos, os cães ficarão mais aptos a serem adotados, contribuindo para a diminuição da lotação dos centros de recolha animal.

 

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One Comment

  1. Boa tarde Sr Presidente. E porque não convidar alguns seniores com formação em línguas e história com capacidade de comunicação e alguma disponibilidade, que devidamente credenciados pela Câmara de Gaia e com um colete que o (a) identificasse para o efeito colocados em determinados locais (estratégicos) como p.ex. Jardim do Morro, Cais de Gaia, etc. e que pudessem prestar informações aos turistas que nos visitam! Seria uma espécie de voluntariado e ao mesmo tempo um serviço à Sociedade e à Cidade de Gaia. Parece-me uma ideia inovadora, com impacto. Se o Sr Presidente assim o entendesse poderia haver uma contrapartida para os ditos voluntários (nunca monetária) mas que poderia ser entrada nos museus, ou outros. Deixo-lhe a sugestão. Fernando Irineu Silva Guimarães Av República 537-7-Drt Vila Nova Gaia

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