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Mangualde: Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto assinalado em conferência

Iniciativa contou com a participação de cerca de uma centena e meia de pessoas.

O Município de Mangualde assinalou ontem, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, marcado a 27 de janeiro, com a realização da Conferência “Diálogos sobre a(s) Intolerância(s)”, do Centro de História da Sociedade e da Cultura (CHSC) da Universidade de Coimbra. A iniciativa, que teve lugar na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, contou com a presença de cerca de uma centena e meia de pessoas.
O Município, através das iniciativas da Biblioteca Municipal, pretende informar a comunidade e, neste caso em particular, o público mais jovem, sobre o trágico passado totalitário da Europa e salientar a importância de defender os Direitos Humanos, as liberdades e garantias individuais, bem como os valores democráticos na sociedade, e, ao mesmo tempo, promover uma melhor compreensão entre todos os cidadãos europeus e ajudar a prevenir que as diversas formas de regimes não – democráticos possam reemergir.
A Conferência contou com a presença de três investigadores do projeto “Diálogos sobre a(s) Intolerância(s)”, Jaime Gouveia e Carolina Pereira da Universidade de Coimbra, e João Nunes do Instituto Politécnico de Viseu, investigadores do Centro de História da Sociedade da Cultura da Universidade de Coimbra, que deram a conhecer casos concretos da história local relacionados com condenações do tribunal da Inquisição em Mangualde, e estudos sobre o Holocausto e refugiados da Segunda Guerra Mundial.
No âmbito desta temática pode ainda ser visitada na Biblioteca Municipal, até 10 de fevereiro de 2023, a Exposição “SALVAR TODA AQUELA GENTE”. A Mostra dá a conhecer resumidamente a ação do Cônsul de Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, que, contrariando as ordens do regime chefiado por António de Oliveira Salazar e perante o êxodo de milhares de pessoas que fugiam ao pesadelo da II Guerra Mundial, lhes atribuiu os vistos de que necessitavam, salvando-lhes assim a vida.
O título desta exposição, é a citação de uma frase de Aristides, em defesa da sua própria ação: “Era realmente meu objetivo salvar toda aquela gente, cuja aflição era indescritível.»
O historiador Yehuda Bauer, no seu livro “A History of the Holocaust”, escreve: “o cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, concede vistos de trânsito a milhares de judeus refugiados, em transgressão das regras do seu governo. Talvez a maior ação de salvamento feita por uma só pessoa durante o holocausto”.

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

O dia 27 de janeiro foi escolhido pela Assembleia das Nações Unidas, em 2005, para homenagear as Vítimas do Holocausto, por ser a data que marcou a libertação do maior campo de extermínio nazista, Auschwitz- Birkenau e o fim do Holocausto.
O propósito deste dia é não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelos Nazis, um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Por outro lado, pretende-se também educar a sociedade para a tolerância e para a paz, bem como alertar para o combate ao antissemitismo.

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